Papa em Moçambique: a esperança para recomeçar depois do ciclone
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04/09/2019
Uma parte do coração está lá, próximo da última “periferia”, o povo do Caribe atingido pela catástrofe provocada pelo “Dorian Hurricane”. Antes de concluir a saudação cordial aos jornalistas a bordo do avião que o leva a Moçambique, o Papa pegou novamente o microfone para convidar a uma oração pessoal todos aqueles que estão partilhando com ele a longa viagem rumo ao sul do continente africano.
Francisco foi informado sobre as devastações deixadas pelo furacão sobretudo nas Bahamas – notícias e imagens falam de milhares de sem-teto e de mortos ao longo das estradas marcadas pela destruição da tempestade. “São pobres pessoas – disse o Santo Padre – que de um dia para o outro perdem a casa, perdem tudo, inclusive a vida”.
A passagem do “Dorian” na América-Central evoca por analogia o rastro de mortes e destruição deixados por “Idai” e “Kenneth” entre março e abril passados em Moçambique, primeira etapa da semana que o Papa transcorrerá no continente africano, incluindo a visita a Madagascar e algumas horas nas Ilhas Maurício.
“Esperamos que esta viagem um pouco longa dê frutos”, dissera Francisco no início da saudação aos jornalistas, precedido das palavras do novo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em sua primeira viagem nessa nova função.
O Papa mostrou grande familiaridade com as novidades concernentes ao grupo dos companheiros de viagem. Disse querer conceder uma “homenagem” e, por conseguinte, um “espaço especial” à jornalista da EFE (Agência de imprensa espanhola, que celebra 80 anos de fundação), que, portanto, terá a oportunidade, durante a coletiva de imprensa no voo de retorno da África, de dirigir perguntas suplementares a Francisco.
O Santo Padre quis destacar a ausência nesta viagem de Valentina Alazraki, jornalista de “Televisa”, decana dos vaticanistas na Sala de Imprensa, que nesta ocasião faria sua 153º viagem apostólica.
O Pontífice definiu como uma preciosidade o último livro da jornalista mexicana sobre as mulheres maltratadas (Grécia e as outras”, escrito com Luigi Ginami), que – afirmou – faz entender “a dor e a exploração das mulheres nos dias de hoje”.
Com a ausência de Alazraki, o Papa concluiu com um sorriso passando o timão a Phil Pullella, o co-decano a bordo, da agência Reuters, narrador de dezenas de viagens papais.
Via Vatican News