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10/03/2020
No último fim de semana, a Arquidiocese de Florianópolis (SC) abriu oficialmente os processos de beatificação de Padre Léo e de Marcelo Câmara, com a instalação dos respectivos tribunais eclesiásticos.
As cerimônias ocorreram separadamente, sendo a de Pe. Léo no sábado, 7 de março, na sede da Comunidade Bethânia, em São João Batista (SC), e a de Marcelo Câmara no domingo, 8 de março, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Florianópolis (SC).
Padre Léo
A abertura do processo de beatificação de Pe. Léo Tarcísio Gonçalves Pereira contou com a presença de cerca de 5 mil pessoas, segundo a organização do evento, entre os quais estavam irmãos da sacerdote.
Em ato jurídico e canônico, foi instaurado o tribunal eclesiástico, que tem como presidente o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönk; delegado episcopal, Pe. Tarcísio Vieira; promotor da causa, Pe. Alcides Albony Amaral; notário atuário, Ronaldo Frigini; notário adjunto, Diácono Roque Inácio Führ; postulador da causa, Paolo Vilotta; chanceler, Diácono José Neri de Souza.
Em seguida, foi celebrada a Missa em ação de graças pela abertura do processo, presidida pelo Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönk. Durante a celebração, os restos mortais de Pe. Léo foram acolhidos pelos celebrantes.
Conforme ressalta a Arquidiocese de Florianópolis, “uma parte importante do processo diocesano de uma causa de beatificação é o reconhecimento dos restos mortais do servo de Deus”.
Assim, ao fim da Missa, foi lido o termo de reconhecimento dos restos mortais do Servo de Deus, seguido de seu translado ao túmulo que fica dentro do Memorial dedicado ao Pe. Léo na Comunidade Bethânia.
Em sua homilia, Dom Wilson Tadeu Jönk destacou que a importância de que, ao olhar para a vida de Pe. Léo, todos sejam inspirados “a buscar a vida de santidade”.
“Estamos reunidos aqui porque acreditamos que Pe. Léo é santo e queremos vê-lo declarado santo”, disse o Prelado, sublinhando que a “santidade é a nossa vocação”. Nesse sentido, declarou, “penso que seja muito importante que essa celebração possa suscitar e avivar em nós o desejo de sermos santos”.
O Arcebispo explicou que a santidade é “obra de Deus” e, “quando nós admiramos e veneramos o santo, é porque nós somos agradecidos por aquilo que Deus realizou na vida desta pessoa e nunca é só para a pessoa do santo, Deus realiza para todo o povo”.
Ao citar a vida de Pe. Léo, Dom Wilson indicou que ele foi “sempre dedicando mais tempo e atenção a Deus, de repente, era toda a sua vida voltada para Deus”, o que se expressou no “bem que ele fez na vida de tanta gente”.
Refletindo sobre o Evangelho do dia, sobre a Transfiguração de Jesus no Monte Tabor, o Prelado indicou que ser santo é algo que se “consegue por contágio”, pois, “quando nos aproximamos de Cristo, vamos absorvendo do próprio Cristo essas características do santo, porque Cristo é o Santo”.
De acordo com ele, assim foi a vida de Pe. Léo, pois “ele fazia acontecer as coisas, mas a motivação era esse Tabor, esse relacionamento com Cristo, ali ele tomava as decisões”.
Além disso, assinalou que “essa transformação não acontece sem paixão”. Nesse sentido, disse considerar que “as pregações de Pe. Léo no tempo em que estava doente foram cada vez mais densas. “A doença permitiu que ele percebesse a vida de um modo diferente. A capacidade dele de realizar coisas ia diminuindo, mas a certeza dele de que servia a Deus aumentava. E a pregação dele, de alguma forma, traduzia isso”.
Por fim, expressou que “o próprio sofrimento, a própria paixão nos garante que ele ressurgiu com Cristo, está com Cristo, a mesma ressurreição que nós buscamos. Isso nos faz ver que aquela santidade que nós buscamos, nós vemos no Pe. Léo. Que ele possa ser nosso intercessor junto de Deus”, concluiu.
Marcelo Câmara
No dia seguinte, 8 de março, procedeu-se a abertura do processo de beatificação de Marcelo Henrique Câmara, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, onde serviu como catequista e ministro.
Na cerimônia, também foi instaurado o seu tribunal eclesiástico, que tem como presidente Dom Wilson Tadeu Jönk; delegado episcopal, Pe. Tarcísio Vieira; promotor da causa, Pe. Alcides Albony Amaral; notário atuário, Ronaldo Frigini; notário adjunto, Diácono Roque Inácio Führ; postulador da causa, Pe. Vitor Galdino Feller; chanceler, Diácono José Neri de Souza.
Ao fim da Missa, na qual estiveram presentes os pais e o irmão de Marcelo Câmara, também foi lido o termo de reconhecimento dos restos mortais do Servo de Deus, que foram transladados do Cemitério do Itacorubi para a Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
Na sua homilia, Dom Wilson Tadeu Jönk enfatizou que “é hora de colocar a santidade sobre um candelabro” e de “assumirmos esse chamado, essa vocação de sermos santos”. “É o que Marcelo nos ensina com sua vida tão curta, mas com um testemunho tão intenso”, assinalou.
Segundo o Arcebispo, o jovem Marcelo “foi chamado a buscar a santidade passo a passo e foi aumentando no entendimento daquilo que era a vida de santidade, foi assumindo essa vida e nos dá esse belo testemunho, em todos os passos de sua vida, em todos os ambientes de sua vida”.
O Prelado contou que “Marcelo teve um episódio em sua vida muito interessante. Ele ficou muito impactado com uma palestra sobre a pessoa de Jesus. Não é que ele não conhecesse Jesus, mas ali aquilo se apresentou de uma forma tão forte, que ele quis servir a Jesus” e “fez isso com todas as forças”.
Assim, ressaltou o “testemunho cristãos” de Marcelo em “todos os ambientes”, como, por exemplo, “na faculdade, onde sabemos que muitas vezes é um ambiente onde Deus não é muito bem-vindo”, ou mesmo “no ambiente jurídico, como advogado, depois como promotor de Justiça”.
“Que esse dia em que iniciamos o processo de beatificação do Marcelo possa ser também para nós um novo início, um momento de acordar como Marcelo diante da palestra sobre Cristo”, concluiu o Arcebispo.
Via ACI Digital