Papa: o pecado envelhece, o Espírito nos torna sempre jovens
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28/05/2019
“Nosso carisma é um carisma do qual a Igreja sempre precisará. Realmente, a Igreja sempre será missionária e, por conseguinte, sempre haverá necessidade de que todo o povo de Deus sustente a missão da Igreja. Mas os tempos mudam e devemos identificar novas formas de presença, segundo as necessidades que se apresentam.”
Foi o que afirmou esta segunda-feira (27/05) o presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Dom Giampietro Dal Toso, abrindo a Assembleia Geral anual das POM, que se realiza na Fraterna Domus de Sacrofano, em Roma, até o próximo sábado, 1º de junho.
Um ano intenso
Resumindo as atividades do ano transcorrido – isto é, dos últimos doze meses –, Dom Dal Toso afirmou que para ele “foi, em primeiro lugar, um ano de conhecimento, tanto dos Diretores quanto das atividades realizadas”.
“Reconheço estar impressionado e contente com o grande trabalho feito pelas Direções nacionais em sua totalidade, sobretudo no âmbito da animação. Admiro o esforço de muitos Diretores e o zelo que têm”, enfatizou.
Cuidar da formação dos Diretores nacionais e da equipe das Direcionais foi uma das prioridades indicadas pela Assembleia Geral do ano passado, recordou o arcebispo, que citou, a esse propósito, os três Seminários realizados, que integram os três dias de formação para os novos Diretores, “de modo que uma renovação do diretor não comprometa o trabalho da direção”, e a redação de breves orientações para os novos Diretores nacionais.
Preparativos para o Mês Missionário Extraordinário
Outra solicitação importante foi a de cultivar a relação com os bispos, “por isso busquei nestes meses encontrar os bispos em várias ocasiões”, disse Dom Dal Toso, citando as visitas ‘ad Limina’, quando as várias Conferências episcopais vêm a Roma, e em suas sedes nacionais, além dos encontros com uma centena de bispos presentes no Congresso Missionário Americano (CAM 5).
“O trabalho de sensibilização tornou-se mais simples também com a celebração do Mês Missionário Extraordinário em outubro deste ano – prosseguiu. A preparação desta celebração exigiu-nos muitas energias, mas valeu a pena, porque a repercussão é muito positiva e muito forte. Significa que podemos ainda contar com a sensibilidade missionária de uma notável parte da Igreja.”
Em Porto Rico, o próximo CAM
Em seguida, o presidente das POM definiu o Congresso Missionário Americano “um sinal bonito de impulso missionário para todo o continente americano, com uma participação de mais de 2.500 delegados de toda a América”, e informou que para o próximo CAM, que se realizará em Porto Rico – ilha caribenha –, a indicação foi a de considerar os aniversários de 2022: 400 anos da Congregação para a Evangelização dos Povos, 200 anos das POM e 100 anos do reconhecimento pontifício, para dar ao Congresso Missionário uma verdadeira marca de missão ad gentes (além-fronteiras).
“Isso ao menos por três motivos: é importante distinguir – não separar – a pastoral ordinária da pastoral ad gentes; há várias zonas das Américas onde a missio ad gentes é ainda necessária; a missio ad gentes abre as Igrejas particulares a um olhar universal.”
Dar um sólido fundamento teológico à atividade missionária
Em seguida, Dom Dal Toso partilhou com a Assembleia algumas das suas preocupações: a necessidade de dar um fundamento teológico sólido para a atividade missionária das POM e a tendência negativa da disponibilidade financeira, que requer métodos novos de arrecadação e financiamento para poder continuar assegurando o serviço das POM.
Olhando para o futuro, o arcebispo disse, entre outras coisas: “Como bem intui o Pontificado do Papa Francisco, caminhamos rumo a um período de maior intensidade missionária e de necessidade missionária, quer nos territórios classicamente ad gentes, quer nos territórios de mais antiga tradição cristã. Por isso, o papel das POM não diminuirá no tempo, mas crescerá, exatamente para manter vivo o espírito missionário do qual a Igreja terá sempre mais necessidade.”
Os encontros continentais das POM se realizaram sobre esse tema, cujos resultados serão analisados e considerados para a atividade futura.
A escolha do tema pastoral
Introduzindo os trabalhos da Assembleia Geral, o arcebispo ressaltou a importância da teologia da missão, escolha como “tema pastoral” enquanto, explicou, “em meus encontros com o mundo missionário me dei conta de que é necessário uma reflexão mais aprofundada sobre temas cruciais. Sem uma verdadeira motivação argumentada, também a nossa atividade de animação fica limitada”.
Via Vatican News com Fides