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08/04/2016Ontem, segundo dia da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida, SP, os trabalhos tiveram início com a celebração eucarística no Santuário Nacional presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Participaram da procissão de entrada os bispos de recente nomeação.
Durante toda a manhã, os trabalhos da Assembleia se concentraram no esforço para o aprofundamento do Tema Central deste ano: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do mundo”. Este tema já foi refletido em outras Assembleias Gerais da CNBB e em várias instâncias da Igreja: comunidades, paróquias e dioceses. O texto que os bispos têm em mãos nesses dias busca retomar e aprofundar o papel e a participação dos leigos e leigas que são “mulheres e homens que ajudam na construção do Reino da verdade e da graça, do amor e da paz; que assumem serviços e ministérios que tornam a Igreja consoladora, samaritana, profética, serviçal, maternal” afirmou o Secretário-Geral da CNBB Dom Leonardo Steiner.
O Cardeal Claudio Hummes e os outros membros da Comissão para a Amazônia terão parte da primeira sessão da tarde de hoje para apresentar os trabalhos realizados na animação pastoral daquela região do Brasil. Entre os assuntos variados a serem apresentados estão as últimas iniciativas tomadas pela REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica) no campo da divulgação e aplicação da Encíclica Laudato Sí sobre o cuidado com a Casa Comum escrita pelo Papa Francisco.
Os bispos reunidos em Aparecida começam ainda hoje a elaboração de uma declaração oficial da Conferência em relação à uma realidade bastante grave: a situação hídrica e energética do nordeste brasileiro. O processo de aprovação do texto requer várias oportunidades de debates, de correções e de inserções de novas sugestões, por causa disso, comunica a assessoria da CNBB, pode ser que não tenhamos o texto final com rapidez.
Após a constituição da Comissão de Trabalho, os bispos iniciam na tarde de hoje, o debate sobre os termos de uma “Nota Oficial” sobre as eleições municipais deste ano. A CNBB já considerou, em outras situações semelhantes que “as eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política”. Mas é preciso manter atenção constante para riscos como aqueles que se notam presentes no ambiente atual: “o recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o princípio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política” (Nota Oficial sobre Eleições de 2012).
O dia terminou com trabalho de grupo. Os bispos continuarão a reflexão sobre o projeto “Pensando o Brasil” que se estende a outras questões além das eleições. A reforma política, por exemplo, é um dos assuntos do Projeto.
Por Rádio Vaticano