São Bento de Nórcia
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11/07/2017“O futuro da Igreja depende dos leigos” e este futuro começa agora, afirmou o Prefeito da Congregação para os Leigos, Família e Vida, Cardeal Kevin Farrell, em entrevista ao “America”.
O purpurado estadunidense considera que “este é o momento na vida da Igreja em que realmente podemos tentar implementar aquilo de que já falava o Vaticano II, ou seja, o papel dos leigos” e lamenta os “mal-entendidos e confusão” ocorridos em algumas ocasiões sobre o chamado conciliar para que todo o povo de Deus assuma o protagonismo que corresponde aos batizados.
Mal-entendidos estes que produziram até mesmo “lutas internas” entre diferentes sensibilidades na Igreja, fazendo com que se perdesse “muito terreno e muito tempo”, mas que com o exemplo do Papa Francisco, tudo isso são “águas passadas”.
Futuro da Igreja depende dos leigos
“Os leigos têm uma vocação a ser desempenhada na Igreja, e estou firmemente convencido de que o futuro da Igreja depende deles”, diz o Cardeal, que já esteve à frente da Diocese de Dallas. “Sempre senti a necessidade de promover os leigos dentro da Igreja e dentro de sua organização”.
O Papa Francisco também tem este interesse, pois “cada vez que o encontro em cerimônias ou eventos, ele sempre se aproxima e quer saber como as coisas estão indo”, revela.
Leigo para assumir setor da Família
Depois das recentes nomeações do brasileiro Padre Alexandre Awi Mello como Secretário do Dicastério e da leiga consagrada espanhola Marta Rodríguez como Diretora do Departamento de Assuntos da Mulher, o Cardeal Kevin Farrell busca agora um leigo ou uma leiga para assumir o setor da família.
“Para este setor gostaria de contar com um homem ou mulher casado(a) e que tenha uma família, porque teria mais credibilidade, e de fato tem que ter alguém no comando que entenda a vida, a família, a moralidade e tudo mais”.
Igreja em saída
Dom Farrel revela ainda que o foco do trabalho desenvolvido pelo Dicastério que preside é em ser “uma Igreja em saída, uma Igreja missionária”, respondendo ao apelo do Papa Francisco.
Sobretudo nas visitas ad limina, onde “temos que escutar o que acontecer, assimilar o que os bispos nos contam e não ter respostas preparadas de antemão”. “Às vezes, no passado, nós nos precipitávamos em responder e dizer aos bispos o que tinham que fazer”, reconhece.
Papa Francisco
A respeito do Papa, o Prefeito da Congregação para os Leigos, Família e Vida revela que neste período de quase um ano em que trabalha mais próximo a ele, aprofundou seu respeito por um homem que considera “muito pensativo, profundamente espiritual, carinhoso e envolvido”.
“Ele me impressiona!”, confessa. “Não é uma pessoa mediática, nem um homem de espectáculo, “porém o que faz, com todos, quando está falando contigo, é como se fosse a única pessoa em todo o mundo com quem teria que se preocupar”. O segredo – acrescenta Farrell – do “porque é tão popular”. Seu jeito de ser “é o que atrai e o que faz as pessoas voltarem para a Igreja”.
Por Rádio Vaticano