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“Deus se fez homem para nos dar vida – escreve o cardeal Piacenza – e todo confessor é realmente um ministro da vida, sobretudo neste tempo do Natal, em que, pela graça de Deus, em muitos lugares, tantos fiéis ainda se aproximam do Sacramento da Reconciliação”.
Neste sentido, recorda que os confessores são “ministros da vida, ministros da misericórdia, ministros do único amor que, ainda e sempre, doa-se a nós para que possamos nos abrir a Ele”.
Convite à escuta, à prudência no juízo e à alegria
Entre as várias características que o bom confessor nunca deve negligenciar, o purpurado enfatiza antes de tudo a atenção à escuta.
“Uma única palavra, o tom da voz, um detalhe, um aceno indireto – explica ele – podem revelar os segredos da alma e permitir o conselho correto, a palavra precisa, a autêntica indicação do caminho. Pelo contrário, palavras imprudentes ou desatentas podem bloquear, mesmo por anos, uma consciência que tem dificuldade em se abrir a Deus”.
Outra característica indispensável destacada pelo cardeal Piacenza é a prudência no juízo, para não desencorajar o penitente no caminho de fé ou na luta contra o pecado, e para introduzir sempre na alegria da vida, que o Sacramento da Reconciliação é continuamente chamado a restaurar.
Por fim, convida a preservar a característica da alegria, porque “para todos, ministros e penitentes, o Sacramento da Reconciliação deveria ser sempre uma “Festa da fé”: um momento de feliz celebração da renovada comunhão com Deus e com a Igreja”.
O Natal do Senhor é a “Festa da vida e do amor
O cardeal Piacenza recorda então que a vida, aquela recebida de Cristo crucificado e ressuscitado, é doada sacramentalmente, isto é, ao homem em cada confissão.
“É esta, no fundo – precisa o Penitenciário Mor – a própria essência do cristianismo: é uma opção para a vida, contra o domínio do pecado e da morte. E a vida que encontramos no Sacramento da Confissão – sublinha – consiste no encontro com o Amor. Encontrar a vida é encontrar o amor; o amor misericordioso de Deus que perdoa, cria e recria sempre, abrindo o homem à caridade. Quem encontrou o amor encontrou a vida; o encontro com o amor é um encontro com a vida. Por esse motivo, o Natal do Senhor é, por excelência, a “Festa da vida” e, por isso, a festa do amor, do amor feito carne”.
Via Vatican News