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12/08/2016A cidade de Aleppo, na Síria, continua sofrendo com bombardeios e falta de comida, água e eletricidade. A partir desta quinta-feira, 11, haverá uma trégua de três horas por dia e comboios humanitários poderão chegar aos civis.
Diante da situação, a Caritas ativou suas unidades em todo o mundo para a composição de um fundo de emergência, a fim de oferecer uma ajuda concreta ao país em conflito.
“A Caritas na Síria está pedindo para constituir um fundo de emergência e nós aceitamos essa ideia para ir ao encontro da situação particular da cidade de Aleppo, onde mesmo os hospitais se tornaram alvo. E este fundo de emergência está sendo constituído e todas as Caritas do mundo contribuirão para fornecer depois, de fato, comida, assistência médica, educação, alojamentos e proteção para a população civil”, explica o responsável internacional da Caritas italiana, Paolo Beccegato.
O impulso do Papa Francisco
O organismo se move também a partir das palavras do Papa Francisco, que no Angelus do último domingo, por exemplo, recordou a situação na Síria e rezou pela paz no país.
A ONU defende que três horas de trégua não bastam e pede ao menos 48h de pausa nos confrontos. A Caritas, empenhada em nível internacional, confirma. “Nunca cessamos de pedir uma pausa nesta guerra que não tem sentido algum. Há pouco o Papa Francisco lançou um apelo pela paz na Síria, apoiado pela Caritas Internacional”, completa Paolo.
Ele informa que o órgão tem trabalhado apoiando a Caritas na Síria e tantas outras realidades que trabalham junto à população, uma população que não só é vítima, mas que é instrumentalizada. “Pegar menores, mulheres, populações civis se torna um modo para combater na guerra e isso é inaceitável de todos os pontos de vista, sobretudo do ponto de vista humano”.
Continuamente o Papa Francisco tem denunciado essa situação, uma voz que, segundo Paolo, tem um peso muito relevante tanto de baixo, por parte das populações que têm esperança com ele, quanto do alto, uma vez que serve para conscientizar sobre a situação.
“Esta não é a guerra ‘na’ Síria, é uma guerra internacional onde tantas superpotências estão envolvidas. Portanto, esta voz, de qualquer modo, vai quebrar esses esquemas. O problema é que as populações não se movem, isso é, todos permanecem bloqueados em suas posições e não fazem aquele ‘algo a mais’ para desbloquear a situação. Este é o problema que já dura há quase seis anos”, conclui Paolo.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano