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14/11/2015As cartas que as crianças enviam ao Papa Francisco vão virar um livro. A vaticanista Alessandra Buzzetti se encarregou de reunir as centenas de correspondências – cartas, desenhos, mensagens – para a publicação que vai se chamar “Cartinhas ao Papa Francisco” e deve estar nas livrarias (na Itália) no dia 19 de novembro.
Francisco deu a sua permissão para a realização do trabalho. O dinheiro arrecadado com as vendas será destinado às crianças atendidas pela instituição pediátrica Santa Marta, no Vaticano. A organizadora do livro diz que a ideia surgiu da editora Gallucci, editora para crianças, que se perguntava sobre como contar os feitos do Pontificado de Francisco às crianças.
“Então surgiu a ideia de perguntar sobre a possibilidade de peneirar e ler as cartinhas que as crianças escrevem ao Papa Francisco. E percebemos a quantidade impressionante de correspondências que chegam ao Correio do Papa (…) A escolha foi temática: ver os aspectos mais importantes do magistério do Papa vistos pelos olhos das crianças”.
Uma das cartas presentes no livro trazem o desabafo do pequeno Matteo da Scampia ao Papa: “às vezes, a minha mãe não janta à noite, diz que está de dieta, mas não é verdade, ela come o que resta da nossa sobra. A minha mãe sempre chora e quando lhe pergunto o porquê ela diz que seus olhos ardem”.
Relatos como esse tocaram a própria jornalista que organizou a publicação. “Pessoalmente, ler todas essas cartas foi uma experiência muito bonita e comovente pra mim, porque é impressionante como as crianças compreendem o coração da mensagem de Francisco”.
Nas cartas, o drama dos cristãos perseguidos
As cartas não chegam apenas da Itália e não só crianças cristãs escrevem ao Papa. Um dos relatos tocantes é o do pequeno paquistanês Aziz. “A principal razão da minha carta é que ouvi o casal cristão queimado vivo. Sinto muito por eles e te peço desculpa, o Islã não é isso, por favor, perdoe a mim e ao Paquistão”.
Também o drama dos cristãos iraquianos expulsos por terroristas do Estado Islâmico está presente no livro. Do campo de refugiados de Erbil, escreve Aiden, que expressa o seu afeto ao Santo Padre e pede uma oração de encorajamento. Depois, com a simplicidade desarmante de uma criança confessa a Francisco: “Sinto muito por ter deixado a minha bicicleta em Qaraqosh”.
Há também quem escreva ao Papa para lhe pedir orações pelos familiares ou amigos doentes, por um pai que perdeu o trabalho. Há ainda quem conte ao Papa a alegria pela Primeira Comunhão e quem pede que ele reze pela paz. Quem escreve ao Papa se dirige a eles como a um avô muito especial
Boas risadas
Entre tantas cartas dramáticas, há também aquelas que fizeram o Papa sorrir. De Buenos Aires, escreveu o pequeno Alver, de 9 anos. “Eu te quero bem, Santo Padre. Você é do San Lorenzo, mas eu sou torcedor do maior time que há, o Boca”.
Rafaelle, de Roma, depois de cumprimentar o Papa na carta, concluiu assim o seu texto: “Lembre-se que você e o Totti (jogador italiano Francesco Totti) são só meus mitos”.
Muitas crianças contam para o Papa como são tocadas por seus gestos e palavras. Leonardo, de 11 anos, diz que o Papa é maravilhoso e bravíssimo ao celebrar as Missas. A pequena Zena relata, em sua cartinha, a alegria que sentiu ao ver o Papa durante a tradicional catequese de quarta-feira. “Fiquei emocionada, porque nunca estive diante de uma Excelência como você. Espero que depois de ter te vistoeu consiga melhorar o meu comportamento escutando suas palavras”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano