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21/07/2016O cenário mundial preocupa muito pelo ódio e pela violência cada vez mais difundidos. Neste sentido hoje, mais do que nunca, é necessário promover o diálogo e o respeito pela pessoa. Em síntese, foi o que afirmou o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, ao ser interpelado por jornalistas durante encontro realizado no Vaticano. Eis o que afirmou, por sua vez, à Rádio Vaticano:
“Infelizmente, observamos como aumentam o ódio, as divisões, as contraposições. E é sempre mais difícil resolver estes conflitos; é sempre mais difícil interferir e tratá-los segundo critérios de dignidade, justiça e solidariedade”.
RV: O Papa afirmou que a paz na Síria é possível e a solução é política, não militar…
“Certamente, nós insistimos sobre o princípio de que somente uma solução pacífica e negociada pode evitar maiores sofrimentos à população, que já – infelizmente – sofreu tanto e está no limite. E possa também permitir uma reconstrução do país: uma reconstrução que seja duradoura”.
RV: O que houve em Nice foi uma verdadeira tragédia, um drama…
“Diante do que ocorreu em Nice, não existem palavras. A meu ver, é precisamente uma expressão de ódio puro: ir assim às cegas contra estas pessoas que estavam reunidas para um momento de festa… Massacrar crianças, idosos, assim… Realmente alguém pode se perguntar o que está acontecendo. Devemos trabalhar, todos juntos, para tentar entender, antes de tudo, de compreender quais são as causas destes fenômenos assim dramáticos e dolorosos; e depois – evidentemente – superá-los. Naturalmente a intervenção deve ocorrer em diversos níveis: haverá uma ação de inteligência, seguramente, isto é necessário para a segurança. Mas a intervenção deve ser sobretudo do tipo cultural, para extirpar as raízes destes fenômenos e ajudar as pessoas, os povos, e as pessoas, a aceitarem-se mutuamente – o diz seguidamente o Papa – assim, eu acredito que este seja um ponto fundamental sobre o qual retornar frequentemente; que as diferenças, que mesmo existindo, tornem-se uma fonte de enriquecimento recíproco e não uma ocasião de confronto e luto”.
RV: Na Turquia, a Igreja vive sempre uma situação bastante complicada. A situação atual, traz maiores preocupações?
“Sim, não acredito que a Igreja Católica tenha sido diretamente envolvida por estes acontecimentos. A Igreja Católica é uma pequena realidade na Turquia. Naturalmente, nós estamos fazendo o possível para que sejam reconhecidos também os seus direitos e para que os cidadãos que professam esta fé, que são uma pequena minoria, possam viver com os mesmos direitos em relação aos outros cidadãos do país”.
RV: Poderíamos dizer que os direitos humanos – os direitos civis – são hoje um dos desafios fundamentais deste momento histórico assim complicado e com tantas crises?
“Sim, certamente. Mas eu diria que é justamente o ponto de partida: o respeito pela pessoa e pela sua dignidade. Aquilo que dizemos sempre: colocar no centro a pessoa, que depois se declina em todas estas várias situações, mas que deve ser realmente o ponto de partida; de outra forma não se externalizariam e não sendo assim – realmente – viveremos sempre mais estas situações de ódio, de violência e de divisões, que aumentarão”.
RV: Construir pontes, portanto, permanece como uma palavra de ordem, um slogan…
“Certo, porém que não seja somente um slogan. Acredito que temos necessidade de operatividade, hoje. Temos necessidade de que cada um – realmente – no seu lugar, e segundo a sua responsabilidade, comece a lutar, a combater contra estas derivas, e a construir realmente um mundo solidário”.
RV: Eminência, também o senhor se prepara para a JMJ…?
“A minha expectativa é que este encontro – naturalmente – sirva para reforçar nos jovens que participarão do encontro com o Papa, sobretudo uma forte convicção de vida cristã, que nasce do encontro com Jesus Cristo e o seu Evangelho. Assim, que seja um encontro, também por meio desta experiência de comunidade, com Jesus Cristo e o seu Evangelho, que, como disse o Papa no início da “Evangelii Gaudium”, dá uma grande alegria a quem consegue realizá-lo”.
Por Rádio Vaticano