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“As pessoas estão desabrigadas, muitos desaparecidos, é preciso rezar por esse povo. (…) Que Deus possa guardá-los nesse tempo de sofrimento”. As palavras são do missionário da comunidade Canção Nova (CN), padre Ademir Costa, que está em missão na cidade de Tete, localizada em Moçambique. O sacerdote fez referência ao cenário de destruição deixado pelo ciclone que atingiu as cidades de Moçambique, Zimbabue e Malaui na segunda-feira, 18.
Segundo o missionário, a cidade de Tete não foi atingida diretamente pelo ciclone, ao contrário das províncias de Sofala e Manica, e a cidade da Beira e de Chimoio – todas localizadas em Moçambique. De acordo com padre Ademir, ainda não se sabe com precisão a dimensão dos danos causados pelo ciclone.
O centro de Moçambique ficou por três dias sem comunicação, de acordo com o sacerdote. Sobre a cidade de Dombe, também localizada no país, padre Ademir afirma ter sido muito atingida pela tempestade de ventos violentos. “Muitas torres foram derrubadas pelos fortes ventos, a região de Dombe – onde temos os irmãos da obra de Maria e também da Fazenda da Esperança – foi muito atingida, os missionários estão bem, graças a Deus, mas o povo da região está sofrendo muito, muito. As casas da região são feitas de barro, então qualquer inundação leva tudo. As pessoas estão desabrigadas, muitos desaparecidos”.
Sobre os resgates, o missionário contou: “Sabe-se que existem ainda muitas pessoas que precisam ser resgatas e que estão em cima de árvores. Os rios todos daquela regiam transbordaram, muitas pontes caíram, muitas áreas estão ilhadas. Situação dramática aqui, no centro de Moçambique, bem próximo de nós”.
Ajudas vindas da ONU e da África do Sul já são percebidas no local, segundo o sacerdote. “Pessoas especializadas em regaste estão chegando também. Aquela região ainda tem previsão de chuva até quinta-feira. Em Tete estamos tranquilos, estamos bem e rezando por todos”, comentou. O missionário da CN revelou que há duas semanas uma enxurrada muito grande causou enchentes e mortes em Tete. “É um tempo de chuvas que se encerra agora, em abril, em Moçambique, e que deixa rastros de tragédias”.
Por fim, padre Ademir pediu: “Que possamos nos unir como Igreja em oração por esse povo. Nós aqui da Canção Nova, presente aqui na diocese de Tete, estamos no meio desse povo sofrido, mas resignado, que espera as águas baixarem para recomeçar a vida. Nos unamos em oração!”.
Via Canção Nova