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17/03/2016A Comissão para os Bispos Eméritos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá fazer uma apresentação de sua proposta de trabalho durante a 54ª Assembleia Geral (AG) da entidade, que será realizada de 06 a 15 de abril, em Aparecida (SP). A reflexão estará em sintonia com o Jubileu Extraordinário da Misericórida. O tema da intervenção dos membros da Comissão durante o evento será “A misericórdia na vida do bispo emérito” . Em reunião, na terça-feira, 15, na sede da Conferência, em Brasília (DF), o grupo planejou atividades e projetos.
Com novos membros, a Comissão voltou às atividades após encontro realizado na 53ª Assembleia Geral da entidade, em 2015. A partir de dezembro do ano passado, deu início ao planejamento de atividades e definição de projetos para atendimento pastoral aos bispos que já tiveram suas renúncias aceitas pelo papa, de acordo com as normas do Direito Canônico.
“Atualmente somos 167 bispos eméritos, quer dizer, 35% do episcopado brasileiro hoje é aposentado, vamos dizer assim, são eméritos. Então é uma ocasião para nós vermos como estão nossos bispos, como estão vivendo, se estão felizes, afinal de contas, vivendo essa época”, explica o arcebispo emérito de Manaus (AM) e presidente da Comissão para os Bispos Eméritos da CNBB, dom Luiz Soares Vieira (à direita na foto).
Planejamento
Algumas das atividades para este ano já estão definidas. Durante a 54ª AG, além da apresentação do trabalho haverá momentos de encontro e oração entre os eméritos e uma celebração eucarística dedicada a eles, que deve ser presidida pelo arcebispo emérito de Feira de Santana (BA), dom Itamar Vian. Ainda neste ano, durante o 16º Congresso Eucarístico Nacional, a ser realizado em Belém (PA), entre os dias 15 e 21 de agosto, será reservada uma tarde para troca de ideias sobre a caminhada.
Outro projeto em que a Comissão trabalha é a edição de um boletim informativo com entrevistas e testemunhos sobre a vida dos bispos que estão “gozando de sua emeritude”, como definiu dom Luiz Soares.
Para setembro de 2017 o grupo prepara o 4º Encontro Nacional dos Bispos Eméritos, um dos principais objetos de trabalho da Comissão. “Então a Comissão está retomando projetos que já existiam no passado e que, por várias circunstâncias, foram caindo e agora vai ter uma retomada. E depois, ouvindo os bispos eméritos, nós temos de pensar o que fazer a mais para que todos se sintam bem”, avalia dom Luiz.
Dom Itamar Vian, que é membro da Comissão, explica a intenção de que em cada regional tenha um bispo referencial para acompanhamento dos eméritos. “Dom Luiz Soares Vieira realmente tem uma mentalidade muito aberta e ele quer que esta Comissão atue junto aos bispos referenciais de cada região. Cada regional tem um bispo que deve acompanhar os eméritos”, conta.
Serviço dos bispos eméritos
Dom Luiz Soares Vieira, aos 78 anos e emérito desde 2012, conta que há duas “categorias” de bispos eméritos. “Alguns estão com muita saúde, força e estão trabalhando nas dioceses, nas paróquias, no serviço de atendimento de confissões e pessoal, alguns inclusive até com trabalho da CNBB, então esses estão bem e é bom que continuem com essas atividades, que ajuda a gente a não envelhecer mais rapidamente. A outra categoria são os bispos eméritos que já estão mais devagar, com problemas de saúde e o bonito desses bispos que eles estão oferecendo tudo isso pelas suas dioceses e se unem através do sofrimento, da solidão à diocese e isso é bonito, pois tem um caráter redentor”, ressalta. Para o presidente da Comissão os bispos eméritos devem agradecer muito a Deus pela beleza deste tempo na vida episcopal.
Dom Itamar Vian fala da importância da continuidade do serviço de membros do clero que devem renunciar às suas funções aos 75 anos. “Ele deixa de administrar a (arqui) diocese, mas continua prestando muitos serviços essenciais na vida da Igreja: visitar doentes, atender confissões, fazer um trabalho de direção espiritual com padres, seminaristas, religiosos”, afirma. “Os bispos eméritos, a maioria tem saúde, continuam prestando auxilio com maior disponibilidade, porque antes tinham que dedicar um tempo razoavelmente longo às questões administrativas e hoje dedicam seu tempo a servir às paróquias, grupos, movimentos ou pastorais”, finaliza dom Itamar.
Também fazem parte da Comissão Especial o bispo emérito de Palmares (PE), dom Genival Saraiva de França, e o bispo auxiliar de São Luís (MA), dom Esmeraldo Barreto de Farias. A assessoria é do padre Deusmar Jesus da Silva, da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.
Por CNBB