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19/04/2016O relatório “Conflitos no Campo Brasil 2015” traz dados sobre violências sofridas por trabalhadores da zona rural, entre eles, indígenas, quilombolas e povos tradicionais. O documento está na 31ª edição e aponta, que no ano passado, foi registrado maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos doze anos, com cinquenta assassinatos.
Na apresentação do relatório, na sexta-feira, 15, o bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT, dom Enemésio Angelo Lazzaris (foto), destacou que “no campo dezenas de indígenas, quilombolas, pescadores, extrativistas, homens e mulheres, famílias de assentados e acampados são eliminados de seus territórios”. O bispo pediu que haja atenção especial do governo ao povo que vive nos campos, no combate a toda forma de violência.
De acordo com dados do relatório, dos 50 assassinatos que ocorreram na região Norte, 19 são Pará, 20 de Rondônia e 1 no Amazonas. Outra constatação foi que, na Amazônia, ocorreram 30 das 59 tentativas de assassinato; 93 das 144 pessoas ameaçadas de morte; 66 dos 80 camponeses presos; 94 dos 187 agredidos fisicamente; 529 dos 998 conflitos por terra; 571 das 795 famílias expulsas da terra; 2.866 das 13.903 famílias despejadas, com destaque para o Mato Grosso (1090), Rondônia (694) e Amazônia (640).
A CPT apontou, ainda, que os conflitos pela água cresceram 6%, em 2014, atingindo o total de 135 atos violentos em 2015. Trata-se do o maior número de conflitos registrado pela CPT desde 2002.
Por CNBB, com POM