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13/12/2016A Comissão instituída na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para refletir sobre a celebração dominical da Palavra de Deus esteve reunida mais uma vez, na sede da entidade, em Brasília (DF). No encontro, realizado na sexta-feira, dia 9, os membros já apresentaram alguns textos elaborados que poderão compor um novo documento da Conferência com orientações para a celebração dominical no tempo litúrgico e na realidade de vida das comunidades.
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, frei Faustino Paludo, explica que os bispos e assessores partilharam os textos que elaboraram sobre as celebrações dominicais da Palavra de Deus. Do trabalho em curso desde meados deste ano, sairá um documento pastoral e orientativo. Por enquanto, o material está em estágio de reflexão para depois ser firmado e apresentado ao Conselho Permanente da CNBB.
“Precisamos responder talvez com um novo modo de ver, esclarecer melhor teologicamente, mas também podermos fazer como bom subsídio para que essas celebrações tenham uma maior validade, especialmente no trabalho de formação dos ministros e dos diáconos, daqueles que vão atuar muito diretamente na vida das comunidades”, explicou o bispo de Paranavaí (PR) e presidente da Comissão, dom Geremias Steinmetz.
O trabalho tem como base o documento da Congregação para o Culto Divino “Diretório para celebrações dominicais na ausência do presbítero” e o Documento 52 da CNBB “Orientações para a Celebração da Palavra de Deus”. A atualização das orientações irá abordar as indicações do Documento de Aparecida e as exortações apostólicas do papa Bento XVI “Verbum Domini – sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja” e do papa Francisco “Evangelii Gaudium – sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual”
Respostas às urgências
De acordo com dom Geremias Steinmetz, a elaboração de um novo documento deve responder à necessidade, uma vez que as celebrações dominicais são o único alimento disponível para a vida de muitas comunidades no Brasil, e ainda às três primeiras urgências das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2015-2019): “Igreja em estado permanente de missão”; “Igreja: casa da iniciação à vida cristã” e “Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”.
“Essa questão precisa ser muito bem trabalhada na vida do povo e nos nossos documentos, visto que o último grande documento lançado sobre a celebração da Palavra é de 1994, já precisa ser repensado”, considera. Dom Geremias acredita que o grupo está trabalhando com grandes preocupações que as DGAE apresentam, que são a iniciação cristã, a animação bíblica da vida e da pastoral e também a questão missionária. “Estamos mexendo em uma das coisas centrais, devido a situação pastoral do país, em que faltam padres, principalmente nas regiões missionárias. E muitas vezes as pessoas que presidem as celebrações da Palavra ainda não tem o devido preparo”, salienta.
Fazem parte da Comissão, além de dom Geremias, os bispos de Castanhal do Pará (PA), dom Carlos Verzeletti; e o da prelazia de Itaituba (PA), dom Wilmar Santin. São assessores a religiosa da Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre, irmã Veronice Fernandes, e o secretário executivo do regional Sul 4 da CNBB, padre Luciano dos Santos.
Por CNBB