“Conjugar a prática da justiça e da misericórdia”, destaca dom Sergio
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21/09/2016Participou também do encontro de Assis, Dom Vincenzo Paglia, que viu nascer a experiência da paz e de diálogo da Comunidade de Sant’Egidio, da qual por muitos anos foi o assistente espiritual e hoje é presidente da Pontifícia Academia para a Vida. A Rádio Vaticano ouviu Dom Paglia sobre este importante evento.
R. – Ver multiplicar os homens e mulheres de religiões diferentes que se encontram em paz, no respeito, no diálogo, no encontro com um sonho comum para toda a humanidade, creio que seja realmente a semente de esperança para o futuro da humanidade. É necessário. Eu poderia dizer que é como um grande sinal dos tempos, ver exatamente que é possível o que parece impossível aos olhos dos homens. Eu acho que seja um milagre que se realiza. Realmente, em Assis nestes dias se respira a paz, a esperança. Sente-se o Concílio Vaticano II. Aqui, deixe-me dizer isto: é palpável e daquela pequena semente da Nostra Aetate temos uma Arca de Noé que, em um mundo atravessado por conflitos, por feridas terríveis, pode representar o futuro da paz de homens e mulheres de crenças e culturas diferentes, mas que sabem viver juntos.
P – João Paulo II disse: “Todos devemos nos sentir comprometidos na construção da paz, também nas pequenas coisas”…
R. – Sim, aquela noite se encerrou com essas palavras “A paz procura seus artesãos”. Não disse, procura os seus grandes artistas, mas os artesãos, como se quisesse dizer que todos nós podemos construir a paz começando pela nossa casa, depois o edifício, o condomínio, o mercado, as praças, as cidades, os países, os continentes, e o mundo inteiro. Eis porque a mensagem que parte de Assis com esse espírito que falava João Paulo II, não está muito longe de nós, e talvez reservada aos especialistas, aos diplomatas, às grandes personalidades do mundo, não! A paz está nas mãos de todos. Está nas mãos de homens e mulheres comuns, ou melhor, eu gostaria de acrescentar: se é assim, também os grandes da Terra serão forçados a tomar os caminhos da paz. Neste sentido, há uma força dos povos que deve ser redescoberta e, especialmente, deve ser praticada novamente.
Por Rádio Vaticano