São Marcos Evangelista
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25/04/2017Cresce a expectativa no Cairo pela visita do Papa Francisco nos dias 28 e 29 de abril. Será a 18ª Viagem Apostólica internacional do Pontificado.
Em sua permanência no Egito o Santo Padre manterá uma agenda muito rica, marcada por encontros no signo do diálogo ecumênico e inter-religioso, e de caráter pastoral. Há uma particular expectativa pela Conferência pela Paz organizada pela Universidade sunita de Al-Azhar.
O Núncio Apostólico no Egito, Dom Bruno Musarò, falou a Rádio Vaticano sobre como os egípcios preparam-se para acolher o Santo Padre:
“Há realmente um clima de ardorosa expectativa pela visita do Papa Francisco aqui no Egito. Não somente por parte da pequena comunidade católica, mas também por parte de todos os egípcios, quer ortodoxos, mas também muçulmanos. Existe realmente este clima. É bonito ver este entusiasmo, transmitido também pela Comissão da Igreja local para a preparação desta Viagem Apostólica. Eles nos transmitem tudo o que recebem: os testemunhos…é realmente bonito”.
RV: Na sua opinião, o que contribuiu para o Papa Francisco ter esta popularidade?
“Contribuiu a própria personalidade do Papa Francisco, o seu modo de aproximar-se das pessoas, o seu modo de sempre falar das pessoas necessitadas, de realizar gestos sobretudo por aqueles que são considerados os descartados da sociedade, como diz o próprio Santo Padre. Por exemplo, o gesto da Quinta-feira Santa, a cada ano o lava-pés de prisioneiros ou de pessoas com necessidades especiais. Estes são gestos que realmente chegam ao coração das pessoas, independente da religião de pertença”.
RV: A decisão do Papa de confirmar a viagem, mesmo depois dos atentados, como foi interpretada?
“Exatamente. Houve estes horríveis atentados no Domingo de Ramos. Alguns começavam a interrogar-se se o Papa viria da mesma forma ao Egito. Em relação a isto, devo dizer que a notícia de que o Papa confirmava a sua visita ao Egito alegrou até mesmo o governo. O próprio governo viu esta decisão com gratidão ao Santo Padre”.
RV: Estas tensões fazem o Egito sofrer muito, também do ponto de vista econômico…
“Sobretudo em relação ao turismo. Lamenta-se muito a queda verificada no turismo. Estes atentados atingem justamente aquela que era a maior entrada do ponto de vista econômico-financeiro do Egito”.
RV: Neste sentido, a Conferência Internacional pela Paz, no Cairo, pode representar um recomeço para o Egito?
“Esta é a esperança. Também esta Conferência pela Paz, organizada por Al-Azhar, o Centro muçulmano sunita, dá esta esperança. Esperemos que sim”.
Por Rádio Vaticano