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O Cardeal Angelo Becciu, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos na Catedral de Tarragona, Espanha, à solene cerimônia de Beatificação de Mariano Mullerat Soldevila.
Natural de Santa Coloma de Queralt, Mariano formou-se em medicina e trabalhou como médico na aldeia de Arbeca, pertencente à Arquidiocese de Tarragona, da qual também foi prefeito.
Com a eclosão da Guerra Civil, em plena perseguição religiosa, em 12 de agosto de 1936, membros do Comitê espanhol invadiram a casa da família Mullerat, de profundas convicções cristãs e católicas, e jogaram fora todos os objetos e símbolos religiosos que encontraram e os queimaram. Antes, porém, forçaram o doutor Mariano a assinar alguns documentos para ganhar dinheiro.
No dia seguinte, o médico foi violentamente tirado da sua casa pelos milicianos e, junto com outros detidos, colocado em um caminhão. Consciente do destino que o aguardava, Mariano Mullerat proferiu as seguintes palavras ao se despedir da sua esposa: “Dolores, perdoa-lhes como eu os perdoo”.
Ao ser levado para um lugar, conhecido como El Pla, na estrada entre as cidades de Arbeca e Borges Blanques, os milicianos fizeram os detidos descer do caminhão e os fuzilaram. Ao serem cobertos de gasolina, seus corpos foram queimados.
Em 13 de agosto de 1940, foi inaugurado um monumento de pedra, no lugar exato do assassinato, no qual foi esculpido o nome de Mariano Mullerat e das outras cinco pessoas mortas com ele. Suas cinzas, depositadas em uma urna, são conservadas dentro do monumento.
Sobre a Beatificação de Mariano Mullerat, médico de todos, leigo, pai de família, o Cardeal Angelo Becciu, que o beatificou, hoje, em Tarragona, em nome do Papa Francisco, destacou alguns aspectos sobre a sua vida, que a Igreja a apresenta para a nossa veneração como verdadeiro exemplo de vida cristã:
“Trata-se de uma bela figura de leigo, realmente interessante e edificante. Como médico, distinguiu-se pela sua religiosidade que o inspirava a se dedicar aos outros, sobretudo aos mais necessitados de assistência médica gratuita. Mariano era um homem moderno: como médico amou os enfermos; como político, serviu o povo, com caridade. Era um verdadeiro cristão: era fiel às práticas de piedade, à adoração ao SS. Sacramento e à Missa. Eis a explicação desta sua força espiritual, da sua energia e da sua disponibilidade e amor com os outros. Diante da morte, Mariano encorajava seus cinco companheiros ao patíbulo, a perdoar seus perseguidores e algozes e a dar testemunho da sua fé em Cristo”.
Via Vatican News