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16/12/2015“Vença a indiferença e conquiste a paz”, é a Mensagem que o Santo Padre nos propõe para a 49ª Jornada Mundial da Paz, que será celebrada no próximo dia 1º de janeiro de 2016.
O cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, explicou na coletiva de imprensa de apresentação da Mensagem que “depois de ter demonstrado como a paz é ameaçada pela indiferença em todos os níveis, a Mensagem oferece uma reflexão bíblica/teológica, que consente compreender a necessidade de superar a indiferença para abrir-se à compaixão, à misericórdia, ao compromisso e, portanto, à solidariedade”.
Da mesma forma, o cardeal destacou que a Mensagem termina com uma chamada do Santo Padre para que cada um, no espírito do Jubileu da Misericórdia, adote um compromisso concreto para contribuir na melhoria da realidade em que vive, a partir da própria família, da vizinhança e do ambiente de trabalho.
Também realiza uma chamada semelhante aos responsáveis das Nações para que realizem gestos concretos, verdadeiros e próprios atos de bravura, relacionado com as pessoas mais fracas da sociedade, como os prisioneiros, os migrantes, os desempregados e os doentes. O Papa convida também, explicou o cardeal, aos responsáveis dos Estados a voltar o olhar para além dos próprios confins para “renovar as suas relações com os outros povos, permitindo a todos uma efetiva participação e inclusão na vida da comunidade internacional, para que realize a fraternidade também dentro da família das nações”.
Enquanto isso, Flaminia Giovanelli, subsecretária da Congregação, referiu-se à continuidade da mensagem com o Magistério precedente, em particular, com Bento XVI e João Paulo II.
Desde o início do Pontificado – observou – o Magistério do Papa Francisco, feito de gestos mais do que de palavras, teve como um dos maiores objetivos o de remover as nossas consciências da indiferença. A propósito, quis recordar a visita a Lampedusa na qual alertou sobre a cultura do bem-estar que nos torna insensíveis ao sofrimento dos outros e que nos levou à globalização da indiferença.
Dessa forma, destacou também que a sintonia com o magistério de Bento XVI, é evidente e está ulteriormente reforçada pelo argumento apresentado pelo Papa Francisco para explicar como a indiferença globalizada ameaça a paz: a indiferença com Deus supera a esfera íntima e espiritual da pessoa e afeta a esfera pública e social.
Da mesma forma, observou que “a união com o magistério de São João Paulo II é especialmente visível, depois, considerando que o Papa Francisco, além de ter indicado o caminho da misericórdia como caminho a se percorrer para combater a indiferença, inseriu decididamente a Mensagem da Paz deste ano na perspectiva da Misericórdia”.
Para terminar a apresentação, Vittorio V. Alberti, oficial do dicastério, observou que há várias palavras-chave na Mensagem da Jornada Mundial da Paz. Algumas delas são, “capacidade do homem”, “apatia”, “desconexão e fechamento”, “compromisso concreto para contribuir na melhoria da realidade”.
Também observou que “a misericórdia não é apenas um fato moral, mas mental e intelectual: é liberdade de pensamento”. Francisco – observou – está dando as chaves profundas para combater a indiferença. “Está dando as bases culturais para combater a corrupção, entendendo-a no quadro mais amplo da crise do tempo atual, que é a crise cultural”, explicou. Também destacou que “Francisco está dizendo, portanto, que é preciso uma resposta cultural, uma filosofia da história, em nome da qual combater a corrupção”.
Por Zenit