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23/01/2018A 51ª edição dos prêmios de Comunicação da CNBB teve início no mês de setembro de 2017 quando foram abertas as inscrições para trabalhos de Cinema, Rádio, Imprensa, TV e Internet. A responsabilidade de fazer a gestão do processo do concurso é da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, presidida pelo arcebispo de Diamantina (MG), dom Darci José Nicioli. Grande incentivador do projeto, ele tem manifestado constante preocupação e chamado a atenção dos coordenadores regionais da pastoral da comunicação em todo o Brasil e dos bispos referenciais para que divulguem e incentivem tanto os comunicadores da Igreja como aqueles que atuam na sociedade para se inscreverem. Até o meio do mês de janeiro de 2018, o número de inscrições é expressivo em relação aos últimos anos, mas ainda há espaço para mais trabalhos.
“Ao observar as inscrições já feitas, percebemos que o Brasil está significativamente representado uma vez que temos candidaturas vindas de todas as regiões do país“, diz P. Rafael Vieira, assessor da Comissão para a Comunicação e encarregado de acompanhar o trabalho de organização dos inscritos. “Outra característica que se pode verificar nas listas de candidatos é a diversidade de veículos de comunicação que veicularam os trabalhos. Praticamente toda a chamada grande mídia impressa e de TV estão presentes“, acrescenta. Nota-se, no entanto, segundo assessor uma necessária divulgação mais intensa do prêmio criado o ano passado pela CNBB, o prêmio de internet “Dom Luciano Mendes de Almeida”. Esse prêmio favorece a apresentação de portais, sites e blogs, iniciativas em redes sociais e aplicativos. “O prêmio ainda não é muito conhecido e, por isso, muita gente confunde se tratar de material jornalístico publicado na internet. Na verdade, não é isso. Mas quem fez a inscrição de uma matéria jornalística publicada na internet no prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida não deve se preocupar. Todo o trabalho jornalístico está sendo encaminhado para o prêmio Dom Helder Câmara, que é o prêmio de imprensa“, esclarece o assessor.
Cinquentenário
O mais antigo prêmio de comunicação da CNBB é o de cinema e tem o nome de “Margarida de Prata”. No ano passado foi celebrado seu cinquentenário com uma inciativa curiosa: a cerimônia de entrega das estatuetas teve um tratamento bem no estilo dos famosos prêmios de cinema mundo afora. O cenário foi uma antiga sala de cinema restaurada no interior de Goiás. E, durante o espetáculo, grandes obras do cinema mundial que destacaram os temas da fé foram relembrados como “Jesus Cristo Superstar”de Normam Jewison, “Jesus de Nazaré” e “irmão sol e irmã lua” de Franco Zefirelli, “Paixão de Cristo” de Mel Gibson e “Evangelho segundo São Mateus” de Pier Paolo Pasolini.
“Tivemos ainda uma belíssima demonstração de apreço da Conferência pelo cinema nacional”, disse P. Rafael. “Três atores que bem representam a sétima arte no Brasil foram agraciados com uma estatueta de Honra ao Mérito por terem participado de filmes premiados pela CNBB: Fernanda Montenegro, Dira Paes e Rodrigo Santoro“, explica. “E todos eles foram muito gentis ao receber a homenagem na Cúria da arquidiocese do Rio de Janeiro“, conclui. Durante essa cerimônia no Rio também foram homenageados o diretor Silvio Tendler, ganhador de seis prêmios de cinema da CNBB e um comovente reconhecimento foi manifestado pelos bispos ao maior responsável pela organização do “Margarida de Prata” nos seus 50 anos de existência, o crítico e professor de cinema da Pontifícia Universidade Católica do Rio, professor Miguel Pereira. O cardeal dom Orani Tempesta foi o anfitrião da noite e representou a presidência e a comissão de comunicação da CNBB junto aos homenageados.
Próximas fases
Depois de encerradas as inscrições no final de janeiro, tem início o trabalho de avaliação das obras inscritas com o júri dos especialistas. Professores da Universidade Católica de Brasília (DF) julgam os inscritos para o prêmio de Imprensa; professores da Universidade Católica de Salvador (BA) avaliam os candidatos ao prêmio de internet; uma comissão formada sob a responsabilidade da Signis Brasil e a da Rede Católica de Rádio (RCR), em São Paulo, julgam os prêmios de Rádio; professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (GO) são responsáveis pela apreciação dos inscritos ao prêmio de TV e professores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro avaliam os inscritos para o prêmio de cinema.
No meado desse primeiro semestre de 2018, os três trabalhos escolhidos pelos especialistas em cada uma das categorias dos prêmios de comunicação da CNBB serão apresentados a um júri composto por bispos escolhidos pelo Conselho Episcopal de Pastoral da Conferência. Eles escolherão os ganhadores. Este ano, em uma experiência provisória, os três finalistas também serão apresentados para uma votação popular online e os ganhadores receberão a estatueta de Honra ao Mérito que é uma homenagem à Ir. Dorothy Stang, assassinada em Amapu, no Pará, em 2005.
A cerimônia de entrega dos prêmios está prevista para ser realizada durante o 6º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, em julho, com transmissão pelas redes de TV de inspiração católica do Brasil.
Por CNBB