A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) terá participação ativa na Jornada Mundial da Juventude, (JMJ), de 26 a 31 de julho, em Cracóvia (Polônia). Uma das principais atividades que promoverá será a campanha “Let’s be One”, a fim de conscientizar os mais de 2 milhões de jovens que outros jovens cristãos não poderão estar na JMJ por diferentes motivos, entre eles a perseguição religiosa.

Através de depoimentos pessoais – que deram origem a pequenos filmes de cerca de 1 minuto cada – a Fundação AIS pretende dar voz aos jovens que são testemunho, de alguma forma, do sofrimento dos cristãos.

Trata-se de jovens católicos oriundos de países como Israel, Papua-Nova Guiné, Iraque, Cuba, Quênia e Polônia, e trazem uma mensagem comum: “Não podemos estar em Cracóvia por causa da guerra, da pobreza, da distância ou do trabalho voluntário para os outros, mas estaremos unidos a todos em oração”.

O diretor da ACN na Polônia, Padre Waldemar Císlo, destaca a importância desta campanha – que será divulgada por todos os secretariados da Ajuda à Igreja que Sofre –, pelo fato de os cristãos serem o grupo religioso mais perseguido no mundo. “Não podemos permanecer em silêncio diante deste sofrimento e crueldade”, afirma.

Via Sacra e musical

Neste ano, a Fundação AIS também terá uma participação na Via Sacra, que será um dos momentos de maior significado nas Jornadas.

O diretor de Comunicação da AIS Internacional, Mark von Riedemann, explica que o “grupo é composto por 21 representantes de diferentes países”. Segundo ele, “são jovens dos secretariados nacionais da AIS em conjunto com jovens de países dos nossos parceiros do projeto, cuja presença estamos apoiando”.

Mark von Riedemann conta que “este grupo irá levar a Cruz da oitava para a nona Estação da Via Sacra”. Para ele, ver “a equipe da Fundação AIS levando a Cruz juntamente com os jovens de países que estamos apoiando em todo o mundo é o testemunho da nossa campanha”.

Além disso, os jovens que vão participar da JMJ na Polônia terão a oportunidade de assistir a um musical dedicado aos cristãos perseguidos, intitulado “Por causa do Meu Nome”.

De acordo com o diretor da AIS na Polônia, Padre Waldemar Císlo, o objetivo deste espetáculo é “mostrar aos jovens que Cristo e a Fé são o mais importante na vida”.

“Hoje em dia – assinala –, está sendo passada aos jovens a informação de que a fé não é importante, que não está na moda. Enquanto isso, em muitos lugares do mundo, os cristãos estão sendo forçados a tomar uma decisão dramática: renunciar à sua fé em Cristo e salvar a sua vida, ou a permanecerem fiéis. Muitas vezes, escolhem a última opção”.

O musical foi composto por Piotr Rubik, um dos mais conhecidos compositores poloneses da atualidade. Será apresentado na praça principal (Rynek Glówny), em Cracóvia, na sexta-feira, dia 29 julho, às 21h após a Via Sacra, presidida pelo Papa Francisco.

A participação da Fundação AIS Ajuda à Igreja que Sofre na JMJ deste ano também se dará por meio do apoio a cerca de 40 grupos de diferentes países do mundo para que possam viajar até Cracóvia.

“Em cada Jornada Mundial da Juventude apoiamos a participação de vários grupos de jovens de diferentes partes do mundo, em especial de países onde há perseguição ou onde os cristãos são uma minoria. Países como o Iraque, Turquemenistão, Sudão do Sul, Chade, Argélia, Síria, Haiti, Paquistão e Bangladesh são apenas alguns exemplos”, esclarece Regina Lynch, responsável pelo Departamento de Projetos da AIS Internacional.

Esta colaboração da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre com a Jornada Mundial da Juventude já é antiga. Em 1993, o fundador da AIS, Padre Werenfried van Straaten, falou aos jovens reunidos em Denver e, mais tarde, em Madri (2011) e no Rio de Janeiro (2013), foram distribuídos milhões de exemplares do catecismo jovem, o “YouCat”, impressos graças à ajuda da AIS.

Por Canção Nova, com ACI