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13/11/2015Praias cheias e clubes lotados. Tudo isso devido ao excesso de calor e à baixa umidade do ar que atingiu o país nos últimos meses. Em outubro, os termômetros registraram 43ºC no Rio de Janeiro, considerado o dia mais quente do ano, e 39,6º no estado de São Paulo.
A primavera traz consigo o calor natural da própria estação, mas além disso, alguns fenômenos favorecem para que a temperatura fique ainda mais alta, como o El Niño. De acordo com meteorologista do CPTEC/INPE, Fábio Rocha, este fenômeno colabora para que o calor aumente ainda mais.
“Este ano, a influência do El Niño tende a favorecer a elevação das temperaturas para valores acima da climatologia em todo o país”, explica o especialista.
Fábio explica que o fenômeno é atmosférico-oceânico, caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical. “O El Niño pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias”.
Ação humana
Mas, além deste fenômeno, o calor em excesso é também resultado da ação do humana.”A presença de edificações e das alterações da paisagem feitas pelo homem nas grandes cidades, originam ‘ilhas de calor’, promovendo elevação da temperatura local”, afirma.
Mesmo com essas “ilhas de calor”, o meteorologista acrescenta afirmando que a natureza tem sua própria e sábia maneira de se manter em equilíbrio, diminuindo os excessos e déficits. “Quanto menor a intervenção humana, melhor”.
Cuidados
Diante desta realidade, é preciso tomar alguns cuidados com as elevações da temperatura. Fábio destaca como essencial beber muita água, ter uma boa alimentação e não se expor demais ao sol.
“É importante se hidratar, fazer uso de alimentação mais leve e evitar se expor ao sol nas horas de maior incidência de radiação solar, entre às 10 e 15 horas, sem o uso adequado de protetores solares.”
Previsão para dezembro e janeiro
Com relação ao mês de dezembro e janeiro, as cinco regiões do país terão temperaturas acima da faixa normal climatológica, prevalecendo o padrão espacial de distribuição das chuvas sobre o Brasil, típico das condições do El Niño.
“Deve-se esperar chuvas abaixo da média no extremo norte e nordeste do país, assim como chuvas acima da média na região Sul”, conclui.
Por Canção Nova