Papa considera atentado no Mali como “violência cega”
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23/11/2015Neste domingo, 22, milhares de fiéis rezaram com o Papa Francisco o Angelus em Roma, capital italiana.
Na Praça São Pedro, antes da oração mariana, o Papa recordou a solenidade de Cristo Rei do Universo. Francisco disse que o Evangelho nos faz contemplar Jesus enquanto se apresenta a Pilatos como rei de um reino que “não é deste mundo”.
“Isto não significa que Cristo seja rei de um outro mundo, mas que é rei de outro modo, mas é rei deste mundo”, explicou, acrescentando que se trata de uma contraposição entre duas lógicas. A lógica mundana se fundamenta na ambição e na competição, combate com as armas do medo, da chantagem e da manipulação das consciências. A lógica evangélica, ao invés, se expressa na humildade e na gratuidade, se afirma silenciosa, mas eficazmente com a força da verdade.
Mas é na Cruz que Jesus se revela rei. “Mas alguém pode dizer, ‘Padre, isto foi uma falência’. Mas é justamente na falência do pecado, das ambições humanas, que está o triunfo da Cruz, da gratuidade do amor. Na falência da cruz se vê o amor.”
O Papa disse ainda que falar de potência e de força para o cristão, significa fazer referência à potência da Cruz e à força do amor de Jesus. Se Ele tivesse descido da cruz, teria cedido à tentação do príncipe deste mundo; ao invés, Ele não salva a si mesmo para poder salvar os outros.
“Dizer que Jesus deu a vida pelo mundo é verdadeiro, mas è mais bonito dizer que Jesus deu a sua vida por mim”, afirmou Francisco, que pediu a todos na Praça que repetissem essas palavras em seus corações.
No Calvário, quem entende a atitude de Cristo é o bom ladrão, um dos malfeitores crucificados com Ele, que suplica: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com teu reino”.
“A força do reino de Cristo é o amor: por isto a realeza de Jesus não nos oprime, mas nos liberta das nossas fraquezas e misérias, encorajando-nos a percorrer os caminhos do bem, da reconciliação e do perdão.”
E mais uma vez o Papa pediu a participação dos peregrinos, convidando-os a repetirem as palavras do bom ladrão quando nos sentirmos fracos, pecadores e derrotados.
E concluiu: “Diante de tantas dilacerações no mundo e das demasiadas feridas na carne dos homens, peçamos a Nossa Senhora que nos ampare no nosso esforço para imitir Jesus, nosso rei, tornando presente o seu reino com gestos de ternura, de compreensão e de misericórdia.”
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano