Coletiva do Papa durante o voo: a íntegra das perguntas e repostas
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19/02/2016O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (na foto com o presidente cubano Raúl Castro), anunciou nesta quinta-feira, 18, uma viagem a Cuba no próximo mês de março. Ele será o primeiro presidente americano em atividade a visitar o país após 88 anos. A visita deve ser no fim de março e acontecerá após o degelo entre os dois países, que anunciaram a retomada das relações diplomáticas em dezembro de 2014.
Desde então, Cuba e Estados Unidos têm dado sequentes passos de reaproximação. A iminente reabertura dos voos comerciais e a instalação de uma fábrica norte-americana de tratores em território cubano, são exemplos disso. Na mesa de diálogo, também está a base de Guantánamo e a questão do embargo.
Presidente de um centro de estudos internacionais, Andrea Margelletti acredita que essa viagem celebra um sucesso extraordinário da diplomacia internacional, em que também a Santa Sé teve um papel determinante. Para Cuba, muita coisa vai mudar. “Em breve, a revolução se tornará uma recordação e um dado de fato. É preciso também considerar que os tempos mudam e é preciso ter, então, a coragem de derrubar o machado de guerra”.
Andrea também comenta o papel do Papa Francisco nesse processo; foi “o” papel, algo determinante. E o recente encontro entre o Santo Padre e o Patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa, em Havana também teve seu significado especial para Cuba, para as relações históricas que o país teve com a Rússia.
“É uma contínua e lenta aproximação que se faz, digamos, nas melhores tradições da diplomacia inteligente. O afastamento político de Cuba da Rússia é um fato fisiológico do quanto não há mais União Soviética. Isso que vemos são passos de um caminho iniciado há muito tempo”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano em italiano