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01/06/2016A terra de João Paulo II e Santa Faustina Kowalska, Polônia, vai receber, de 26 a 31 de julho, jovens do mundo inteiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento, neste ano, tem uma graça especial: está inserido no Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, e será celebrado na terra desses dois grandes apóstolos da misericórdia.
Mais de dois milhões de jovens são esperados para o evento. A expectativa do padre rogacionista Wladyslaw Milak, brasileiro, que mora na Polônia há 24 anos, é grande. “Providencial! Este ano para Cracóvia e para a Polônia inteira é excepcional”.
Ele mora em Cracóvia, a 50 metros do Santuário da Divina Misericórdia [na foto, o interior do Santuário], centro mundial dessa devoção, local que era frequentado por João Paulo II. Ali, Santa Faustina viveu, escreveu seu Diário e, aos 33 anos, morreu.
“Santa Faustina, de uma forma moderna e atual, apresenta esse grande mistério da misericórdia divina, pois quer que a salvação chegue a todos e ninguém se perca.”
O padre explica que João Paulo II se empenhou em divulgar a mensagem da divina misericórdia revelada a Santa Faustina. Na época da II Guerra Mundial, quando ainda era jovem, Karol Wojtyla já frequentava o Santuário. Depois, quando tornou-se Papa, beatificou-a no dia 18 de abril de 1993 e a canonizou em 30 de abril de 2000, ocasião em que instituiu, no mundo todo, a celebração do Domingo da Divina Misericórdia, celebrado no segundo domingo da Páscoa.
Em 2002, a Dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, feita por João Paulo II, foi outro grande exemplo de sua devoção. Ele foi até a Polônia para confiar o mundo à Misericórdia Divina.
Durante a homilia, expressou seu desejo de que a mensagem do amor misericordioso de Deus, proclamado por Santa Faustina, chegasse a todos os habitantes da terra.
“Essa devoção se espalhou para o mundo inteiro. O mundo todo reza o terço da misericórdia, celebra a festa da Divina Misericórdia. O Papa teve um grande papel em difundi-la”, comemora o sacerdote.
Devoção
Neste ano jubilar, aumentou o número de peregrinos no Santuário em Cracóvia, mas não somente na Polônia, também em outros países da Europa, nas Filipinas, Indonésia, Índia e países da América Latina.
“É uma capital da Divina Misericórdia para o mundo inteiro, onde atualmente passam milhões de peregrinos. Para ver como é viva, atual e muito real essa devoção aqui na Polônia e como se espalhou para o mundo inteiro de maneira veloz e concreta”, enfatiza padre Milak.
O sacerdote, que da janela de sua residência observa o santuário, testemunha que as pessoas vão ao local, entram, rezam, pedem pela misericórdia e se convertem. “Gente que, com meus próprios olhos, vi a conversão, a mudança de vida.”
Uma das práticas dessa devoção é recitar a oração do terço da misericórdia às 15h. Algo que se tornou comum e ultrapassou as fronteiras da Polônia. “Às 3h da tarde tem gente que até para o carro e reza.”
O padre defende que é preciso anunciar e testemunhar essa devoção para que, por meio da Misericórdia, o mundo recupere a paz e a fraternidade.
Atos concretos
Padre Milak, que após descobrir essa devoção tornou-se um apóstolo da misericórdia, explica que a essa experiência deve ser manifestada no modo de vida e na maneira de relacionar-se com o próximo, que deve ser marcada pelo amor e respeito, especialmente pelos mais necessitados.
“A Misericórdia Divina é válida enquanto vivo essa misericórdia com meu irmão que está do lado”.
A juventude e a misericórdia
Para receber mais de 2 milhões de jovens, o Comitê Organizador da JMJ se prepara e conta com voluntários de vários países, inclusive do Brasil. Padre Milak está em contato com os voluntários brasileiros em Cracóvia e acredita que a juventude que irá para o evento não o fará por recreação, mas com a ideia de encontrar uma mensagem de fé.
Ele recorda a orientação que João Paulo II dava aos jovens de não serem levados pelo consumismo ou pelos vícios, mas sim, abertos à graça de Deus, aos gestos de misericórdia e de amor ao próximo.
“Isso vai ajudar para que a mensagem de João Paulo II e Santa Faustina chegue ao mundo inteiro. O mundo vai ficar melhor por causa desse acontecimento e por causa desse ano da misericórdia, em que estão ocorrendo milhares de conversões. Será um grande acontecimento não só para a juventude, mas para redescobrir o valor de ser católico.”
Por Canção Nova