Frederico Ozanam
08/09/2017Ao Celam, Papa diz que missão se faz com paixão e no corpo a corpo
08/09/2017Ao chegar à Nunciatura Apostólica em Bogotá, Colômbia, o Papa Francisco encorajou os jovens: não deixem que lhes roubem a “alegria e a esperança”.
“Obrigado pela alegria, obrigado pela coragem. Não deixem que lhes roubem a alegria. O que vocês não devem deixar que roubem?”, perguntou o Santo Padre e os jovens responderam: “A alegria!”.
“Que ninguém a roube, que ninguém os engane. Não deixem que lhes roubem a esperança. O que vocês não devem deixar que roubem?”, continuou o Santo Padre.
“A esperança!”, responderam os presentes.
O encontro foi marcado por um ato musical com uma apresentação de rap e danças tradicionais dos jovens do Instituto Distrital de Proteção das Crianças e da Juventude (Idipron), uma entidade fundada pelo sacerdote salesiano Pe. Javier de Nicoló, que serve a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e indigência.
O Papa agradeceu pelo “esforço que vocês fizeram. Muito obrigado pelo caminho que se dignaram a realizar e este se chama heroísmo”.
“Até os mais jovens e os mais pobres podem ser heróis. Viveram enganados, equivocaram-se, levantaram-se e são heróis e vão avante. Sigam em frente! Sigam em frente!”, exortou.
Depois da intervenção musical, dois jovens desta instituição, Angie e Ferney, compartilharam com o Papa o seu testemunho. A jovem disse ao Pontífice que querem aceitar o “convite a dar o primeiro passo. Entendemos que o senhor dá o primeiro passo vindo aqui para nos encontrar de tão longe”.
“Nós garantimos que daremos o nosso, não só escutando e aderindo às suas propostas de humanização dos marginalizados da sociedade, mas fazendo o nosso melhor esforço para triunfar sobre as tentações que nos perseguem e nos destroem”, acrescentou.
“Este dia permanecerá inesquecível na nossa memória e no nosso coração”, manifestou a jovem.
Por sua parte, Ferney assinalou que “aparentemente a sujeira que nos faz dormir nas ruas nos torna invisíveis para alguns corações, para eles somos simplesmente indigentes, descartáveis e deveríamos desaparecer”.
Entretanto, “somos seres humanos que podemos servir e agradecemos as pessoas que, a exemplo de Jesus, nos ofereceram as suas mãos sem julgar ou apontar”.
Por ACI Digital