Quaresma – 1º Domingo
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15/02/2016O primeiro discurso oficial de Francisco em terras mexicanas foi reservado ao Presidente do país, Enrique Peña Nieto, às autoridades e ao corpo diplomático, neste sábado (13/02).
Depois da cerimônia de boas-vindas no Palácio Nacional, o Papa se reuniu a portas fechadas com o Presidente. Na sequência, no Pátio Central do Palácio presidencial, Enrique Peña Nieto fez o seu discurso, seguido das palavras do Pontífice.
“É motivo de alegria poder pisar esta terra mexicana que ocupa um lugar especial no coração das Américas. Hoje venho como missionário de misericórdia e de paz, mas também como um filho que quer prestar homenagem à sua mãe, a Virgem de Guadalupe, e deixar-se olhar por Ela”, disse Francisco em seu discurso.
“Procurando ser um bom filho que segue os passos da mãe – prosseguiu o Papa –, desejo prestar homenagem a este povo e a esta terra tão rica de cultura, história e diversidade. O México é um grande país.”
Francisco ressaltou as riquezas naturais mexicanas, a sua localização geográfica, que faz do país uma encruzilhada das Américas, e as suas culturas indígenas, mestiças e crioulas.
Juventude
Todavia, acrescentou, a principal riqueza do México são os seus jovens. “Isto permite pensar e projetar um futuro, um amanhã. Isto dá esperança e abertura ao futuro. Um povo rico de juventude é um povo capaz de se renovar, de se transformar.”
Para o Pontífice, esta realidade leva a refletir sobre a responsabilidade de cada um na construção do México. “A experiência demonstra-nos que quando se busca o caminho do privilégio ou do benefício para poucos em detrimento do bem de todos, mais cedo ou mais tarde, a vida em sociedade transforma-se num terreno fértil para a corrupção, o tráfico de drogas, a exclusão das culturas diferentes, a violência e até o tráfico humano, o sequestro e a morte, que causam sofrimento e travam o desenvolvimento.”
Por isso, reforçou o Papa, aos responsáveis pela vida social, cultural e política compete de modo especial trabalhar para oferecer a todos os cidadãos a oportunidade de serem dignos protagonistas do seu destino, ajudando-os a ter acesso aos bens materiais e espirituais indispensáveis: moradia, trabalho, alimentação, justiça, segurança e meio ambiente saudável e pacífico.
“Isto não é só uma questão de leis que requerem atualizações e melhorias, mas da formação urgente da responsabilidade pessoal de cada um.” Neste esforço, Francisco garantiu a colaboração da Igreja Católica.
“Estou para percorrer este belo e grande país como missionário e peregrino, que deseja renovar convosco a experiência da misericórdia qual novo horizonte de possibilidades inevitavelmente portador de justiça e de paz. E coloco-me sob o olhar de Maria, a Virgem de Guadalupe”, finalizou o Pontífice.
Por Rádio Vaticano