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17/05/2017O Papa Francisco encontrará no sábado, 3 de junho, 400 crianças das áreas do centro da Itália atingidas por terremotos.
O evento faz parte da quinta edição da iniciativa “O trem das crianças” promovida pelo ‘Pátio dos Gentios’ do Pontifício Conselho para a Cultura em colaboração com a Ferrovia italiana a fim de presentear as crianças desfavorecidas um dia especial.
As crianças provenientes de Norcia, Accumoli, Amatrice e Arquata del Tronto chegarão, ao Vaticano, a bordo do trem Frecciarossa 1000 de Trenitalia, para encontrar o Papa Francisco.
Sensibilidade
As crianças serão acolhidas pela associação “Esporte sem fronteiras” e pela Orquestra Maré do Amanhã do Rio de Janeiro. Durante o encontro será doado ao Papa Francisco o livro “Nós nesta terra que dança… a propósito de terremotos” que aborda o tema do sismo com uma linguagem infantil.
“O evento é centralizado na figura da criança que tem a sensibilidade extraordinária de conseguir viver e elaborar mais que os adultos as experiências trágicas. Elas podem ensinar muito aos próprios adultos”, disse o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi.
Compromisso
“Sobre o terremoto foi falado tudo. Existe o compromisso da Política e da sociedade, talvez agora seja preciso começar a considerar os fenômenos naturais como componentes existenciais e não como acidentes externos”, sublinhou ainda o purpurado, evidenciando que “não é verdade que as catástrofes sejam inevitáveis. Em muitos casos podem ser superadas através da ciência e do conhecimento”, acrescentou.
Segundo o Cardeal Ravasi, “a presença do Papa, que aceitou com entusiasmo e se diverte muito com as crianças, é importante para levar o discurso a temas elevados”. “Essa iniciativa é uma injeção de esperança e uma cutucada nos adultos a fim de que aprendam que não é importante somente curar as feridas, mas é necessário criar, também através do jogo, os símbolos, a abertura de horizontes e a esperança que é estrutural para a criança”.
Base cultural
Para Demetrio Egidi, autor do livro junto com Emilio Rebecchi e Jaia Pasquini, “o objetivo é criar uma base cultural de forma cativante, não pretenciosa, mas fluida e compreensível porque, no caso de terremotos, se a pessoa consegue controlar o pânico é possível fazer um passo cultural importante”.
“É preciso criar uma cultura científica para ter comportamentos virtuosos. É fundamental alimentar a cultura da prevenção, mesmo que seja difícil, a fim de construir também um percurso virtuoso entre público e privado, onde é possível obter cooperação”, disse Pierluigi Stefanini, presidente do Grupo Unipol, grupo financeiro italiano, que contribuiu na realização do livro que será distribuído gratuitamente para as crianças.
Por Rádio Vaticano