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13/04/2016Papa: sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz
13/04/2016“Mensageiro de paz e de diálogo”. O Administrador Apostólico do Cáucaso, Dom Giuseppe Pasotto, assim descreve os “pontos de força” que caracterizarão a viagem do Papa Francisco à Geórgia e ao Azerbaijão de 30 de setembro a 2 de outubro. E acrescenta: “O Papa virá também para encorajar as comunidades. Quer na Geórgia como no Azerbaijão – refere a Agência SIR – os católicos são uma pequena minoria. Dom Pasotto, referência para os católicos latinos na Geórgia, Armênia e Azerbaijão, traça um panorama da presença católica nestes países.
Entre os católicos no Azerbaijão, muito trabalhadores estrangeiros
No Azerbaijão, são cerca de 300/400 católicos, divididos em duas comunidades. Uma constituída pelos estrangeiros que trabalham no país e outra formada pela população local, com forte presença salesiana. O Azerbaijão (visitado por João Paulo II em 2002) é um país de maioria muçulmana, assim distribuída: 62% xiitas, 26% sunitas. 12% da população é cristã ortodoxa, ligada ao Patriarcado de Moscou.
Na Geórgia, católicos também são minoria
Na Geórgia – país de maioria ortodoxa (na foto, catedral ortodoxa em Tbilisi, capital do país)– a presença católica é mais consistente, contando com 50 mil fiéis. “Trata-se portanto – resume Dom Pasotto – de Estados com situações completamente diferentes, mas onde os católicos são uma minoria e a Igreja Católica vive com outras confissões e religiões majoritárias”.
As razões que tornam significativa a visita do Papa aos dois países
A primeira é que o Papa vai a dois países (Armênia e Azerbaijão) que estão em conflito e esperemos que em Nagorno-KarabaKh prevaleça a trégua. E é significativa, porque o Papa chega a uma região do Cáucaso onde as comunidades católicas não têm uma grande importância numérica, mas têm um grande valor, porque estabelecem relações com situações diversas vivendo aquilo que desde o início indicou o Papa”. Para a Geórgia, o programa da visita do Papa ainda deve ser acertado. “Rezamos tanto e agora rezaremos para que seja também uma ocasião para tomar consciência do papel do Santo Padre como figura para a unidade da Igreja”.
Por Rádio Vaticano