O Papa vai debater, junto com procuradores e magistrados, as formas de combate às diversas formas de escravidão moderna.

Francisco participa, na tarde de hoje, do encontro na Casina Pio IV, que também vai abordar temas como o tráfico de pessoas, trabalhos forçados, a venda de órgãos e o crime organizado.

A reunião é uma oportunidade para que os juristas possam expressar e reforçar sua responsabilidade diante dos povos, compartilhando as melhores práticas e fazendo propostas por uma legislação sempre mais adequada na defesa das vítimas e no combate a estes flagelos que, no mundo globalizado, atingem quase 50 milhões de pessoas.

De fato, nos dois dias de debates na Casina Pio IV (sede da Pontifícia Academia das Ciências Sociais) farão uso da palavra 72 dos principais expoentes da justiça, na presença de muitos outros juristas no papel de auditores, num total de cerca de cem participantes.

Encontro inspirado pelo Papa Francisco

Estas personalidades-chave na luta contra estes crimes respondem assim ao convite da Pontifícia Academia das Ciências, inspirado pelo Papa Francisco. Esta nova “reunião de alto nível” soma-se aos outros importantes encontros organizados pela mesma Academia com a mesma finalidade, em particular o de 2014 – que reuniu líderes das principais religiões com influência no mundo globalizado – e em 2015, com os prefeitos das principais capitais e de grandes metrópoles de diversos países.

Abertura

Os trabalhos serão abertos pelos pronunciamentos do Chanceler das Pontifícias Academias, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, da Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, a socióloga Margaret Archer, do deputado argentino Gustavo Vera, pelo colaborador da Academia, Prof. John McEldowney e pelo Representante das Nações Unidas Jeffrey Sachs.

Presenças

Entre as diversas personalidades participantes do encontro estará uma importante delegação dos Estados Unidos, guiada por Susan Coppedge, Embaixadora responsável pelo Escritório Anti-Tráfico do Departamento de Estado; o Alto Comissário britânico contra a escravidão moderna, Kevin Kyland; a Alta Comissária holandesa contra o tráfico de pessoas, Corinne Dettmeijer-Vermeulen; a Alta Comissária das Nações Unidas contra o tráfico de pessoas, Maria Grazia Gianmarinaro; a Chanceler sueca Anna Skarhed, autora do “modelo nórdico” da luta contra a prostituição, baseado na criminalização dos clientes.

Também presentes delegações do México e Argentina e personalidades italianas ligadas na luta anti-máfia, crimes contra as mulheres e crianças.

Declaração final

Ao final do encontro será assinada uma declaração conjunta, na mesma linhas daquelas assinadas nos anos precedentes pelos líderes religiosos e pelos prefeitos.

Por Rádio Vaticano