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24/11/2016Misericórdia, desencarceramento e justiça social serão os destaques na assembleia nacional da Pastoral Carcerária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece entre 25 a 27 de novembro, em Brasília. Membros da coordenação nacional, dos estados e do Distrito Federal se reúnem a cada dois anos com o propósito de avaliar o agir da Pastoral no país, planejar ações e prestar contas das atividades feitas ao longo do biênio. Neste ano, terá como tema: “O sonho de Deus, um mundo sem cárceres” e lema: “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres” (Gálatas 5, 1).
Este ano, os representantes da Pastoral em 22 estados e no Distrito Federal refletirão de modo especial sobre como a Pastoral vivenciou o Ano Santo extraordinário da Misericórdia, e as permanentes mobilizações para a garantia da plena justiça social e da luta pelo desencarceramento, tendo como diretrizes as exortações feitas pelo Papa Francisco ao longo deste jubileu e as propostas da Agenda Nacional pelo Desencarceramento, elaborada pela Pastoral Carcerária e outras entidades que atuam na defesa dos direitos humanos. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, o frei franciscano Olávio Dotto, será o facilitador na reflexão central da assembleia. Ele falará sobre os princípios da organização e o papel das pastorais sociais no Brasil. Durante a assembleia também terá momentos específicos para pensar as ações da pastoral para o próximo ano, tendo em vista pautas comuns à Igreja no Brasil, como o Ano Nacional Mariano e questões peculiares ao universo prisional, como a comemoração dos 20 anos da Campanha da Fraternidade de 1997, que teve por tema “A Fraternidade e os Encarcerados”, e os 25 anos do Massacre do Carandiru de 1992.
Audiência Pública
As mazelas recorrentes do sistema prisional brasileiro, como a superlotação das unidades prisionais, as precárias condições das unidades prisionais, a morosidade ou o punitivismo encarcerador da justiça no julgamento dos casos, o desrespeito às especificidades das mulheres encarcerados, as permanentes e cotidianas torturas física e psicológica às quais são submetidas as pessoas encarceradas e a falaciosa eficácia das prisões privatizadas também serão debatidas na assembleia em um momento de reflexão sobre a conjuntura política e o sistema prisional.
Nesse sentido, também haverá um momento para partilha de percepções a respeito da audiência pública sobre desencarceramento e a desmilitarização, que a Pastoral Carcerária promoverá na Câmara dos Deputados hoje, dia 24, às 14h.
Mais informações sobre a audiência pública na Câmara dos Deputados neste link.
Por CNBB, com da Ascom da Pastoral Carcerária