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13/04/2016Questão indígena, 300 anos de Aparecida e a perseguição aos cristãos na África estão entre os temas discutidos nesta quarta-feira, 13, pelos bispos reunidos na 54ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida (SP).
“Nos 44 anos de militância junto aos povos indígenas, da maioria das regiões do país, a convicção que em mim amadureceu é a de que, de fato, não existe espaço de sobrevivência e dignidade para os povos indígenas no atual modelo neoliberal”, relata Egon Heck, do secretariado do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), organismo da CNBB.
A perseguição contra os cristãos na África estará em discussão na parte da tarde. Os participantes terão acesso a um informe trazido por um bispo africano sobre a situação de perseguição contra os cristãos na Nigéria e em outros países do continente africano. Naquele cenário, destaca-se o movimento fundamentalista islâmico “Boko haram”, que atua no norte da Nigéria e, em tese, combate os vícios da sociedade e, erroneamente, considera que os cristãos são os responsáveis por alguns desses males.
Logo no início da sessão da tarde, a Assembleia tem informações sobre o andamento dos preparativos para a celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que será em 2017.
Os bispos também devem concluir hoje as reflexões sobre o tema central da assembleia: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. O novo documento, que será publicado sobre esse assunto, vai nortear comunidades, paróquias e dioceses do Brasil sobre a visão da Igreja acerca da identidade e atuação dos leigos.
Jogos Olímpicos
Na tarde de ontem, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, adiantou à imprensa alguns informes que serão passados aos bispos hoje sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Ele disse que será montada, na Vila Olímpica, uma capela inter-religiosa, com a nomeação de um padre, que ficará responsável para coordenar os trabalhos.
“Os atletas do mundo inteiro terão lugar de culto, de celebração conforme a religião de cada um. Nós estamos com essa responsabilidade. A Igreja Católica está muito à vontade em ter esse trabalho devido ao nosso relacionamento não só com os irmãos cristãos, mas também com outras religiões”, declarou.
Projeto Comunhão e Partilha
No fim da última sessão, os bispos voltam a ter informações sobre o projeto “Comunhão e Partilha” da CNBB, que surgiu na assembleia geral de 2012 com a finalidade de criar e administrar um fundo financeiro para ajudar na formação dos futuros padres nas dioceses e prelazias.
Dom Alfredo Shaffler, bispo de Parnaíba (PI), foi presidente da Comissão e continua membro dela. Ele diz que, no ano que vem, 2017, quando o projeto completará cinco anos, os bispos vão fazer uma avaliação da iniciativa.
Nas reuniões de hoje, um espaço dedicado também à Comissão para os Textos Litúrgicos, que ao longo da Assembleia tem informado os bispos sobre os trabalhos no campo das traduções de textos para a liturgia da Igreja no Brasil.
Por Canção Nova, com CNBB