O Papa na Audiência Geral: lutar com Deus, uma metáfora da oração
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10/06/2020
“É claro que nós, nos Estados Unidos, temos uma trave nos olhos quando se trata de racismo. Esta é uma realidade difícil, mas é preciso enfrentá-la. Não podemos resolver um problema enquanto não o reconhecermos. Isto inclui também nós como membros da Igreja Católica”. Estas são as palavras do cardeal Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston (Texas) em uma mensagem em vídeo apresentada no dia do funeral de George Floyd.
Chega de silêncio
“No passado, os líderes da Igreja muitas vezes se abstiveram de falar quando vieram à tona atos de violência racial ou outras injustiças. Agora não mais”. “Nem sempre a Igreja conseguiu viver como Cristo nos ensinou, ou seja, amar nossos irmãos e irmãs”, continua Dom DiNardo, citando a carta pastoral contra o racismo “Abramos nossos corações” da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB).
“Líderes e membros da Igreja Católica – bispos, clérigos, religiosos e leigos – e suas instituições cometeram atos de racismo. Consequentemente”, continua ele, “todos nós devemos assumir a responsabilidade de corrigir as injustiças do racismo e curar os danos que ele tem causado”.
Por esta razão, recorda que desde 2018, a USCCB realiza sessões de escuta e fornece material sobre racismo às dioceses e paróquias para que possam enfrentar este grave problema. Sua própria arquidiocese, conta Dom DiNardo, está comprometida e trabalhando em objetivos e metas, que incluem essencialmente a superação do racismo.
Devemos agir, palavras não bastam
Os que se exaltam serão humilhados e os que se consideram superiores aos outros substituem o seu próprio julgamento pelo do Senhor, escreve o cardeal. Este é um pecado contra Deus e contra a humanidade e deve terminar. “Mas”, continua, “as palavras não são suficientes, devemos agir e todos temos a responsabilidade de corrigir as injustiças e os danos que o racismo tem causado, sem usar a violência, como aconteceu nos últimos dias com uma minoria, que ao fazê-lo desviou o foco da urgência das reformas”.
“Não consigo respirar” foram as palavras de George Floyd antes de morrer, e Eric Garner antes dele. “Só podemos respirar corretamente de novo – concluiu o Arcebispo de Galveston-Houston – com a ajuda do Espírito Santo, somente quando o nosso trabalho constante for o de eliminar o pecado do racismo da nossa sociedade”.
Via Vatican News