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14/07/2016Foi reaberto na noite desta quarta-feira (13/07), o Cárcere Mamertino, onde foi preso São Pedro. A abertura de um dos mais importantes e antigos sítios arqueológicos de Roma, com vista para o belo cenário do Fórum Romano, ocorreu na conclusão dos trabalhos de escavações arqueológicas e de remodelação promovidos pela Opera Romana Peregrinações. Sobre a autenticidade deste local, a Rádio Vaticano ouviu o Vice-presidente do organismo, Mons. Liberio Andreatta:
R. – A tradição considera como uma coisa certa, e não apenas através dos escritos que herdamos e dos testemunhos, mas também através de toda a iconografia e de todas as imagens que encontramos escavando dentro do Cárcere: desde o início dos primeiros séculos da Igreja, a comunidade cristã venerou este lugar. Portanto, deduzimos que quase certamente este foi o Cárcere onde Pedro foi preso, onde converteu e batizou seus dois carcereiros.
P. Mons Andreatta, chegamos à reabertura do Cárcere Mamertino após uma campanha de escavações conduzida pela Opera Romana Peregrinações…
R. – Sim. Nós assumimos o compromisso de recuperar e trazer à luz o que foi, até mesmo, o antigo Tullianum. Pense que o Tullianum remonta ao VII século a.C.: é um lugar aos pés do Rochedo Tarpea;. é um lugar sagrado, porque tinha a presença de água; é um lugar que – depois – com o passar dos séculos tornou-se uma prisão de máxima segurança, onde eram colocados e abandonados os verdadeiros inimigos do Império. Os romanos não gostam de fazer mártires, por isso os grandes inimigos do Império não eram mortos – para não para criar, precisamente, mártires – mas eram colocados no esquecimento. Havia esse grande buraco, enorme, profundo – que nós, através de escavações, encontramos – com um pequeno buraco aberto encima: ali eles eram jogados dentro e abandonados, como se tivessem que desaparecer.
Em seguida, por causa da piedade popular, foi construída uma igreja dedicada aos Santos Pedro e Paulo, que depois foi demolida… e ali foi criado outro local de culto … Hoje existem quatro camadas: a igreja do século XVII, a parte superior de São José dos Carpinteiros, construída pela Irmandade de São José dos Carpinteiros; depois, sob o piso, no centro, há o Santuário do Crucifixo – uma bela capela do Crucifixo – desejada em 1800 pelo Papa Pio IX, com uma bela imagem do tempo que recorda quando ele fez levar para dentro de um Crucifixo antigo; e depois, o chamado Cárcere, que recorda com o altar e a coluna, a prisão de Pedro; e mais embaixo ainda o Tullianum. Portanto, são quatro camadas. Assim, criamos um belo e extraordinário museu multimídia, onde expusemos todos os esqueletos, medalhas, imagens… Basta pensar – por exemplo – nas medalhas dos Jubileus que foram encontradas: portanto a tradição nos dá a certeza do devoção a Pedro. Há afrescos de Jesus que põe a mão no ombro de Pedro para tranquilizá-lo. Mas, acima de tudo, descobriu-se algo extraordinário: Nossa Senhora da Misericórdia, que remonta ao início do século XIV, portanto, entre os séculos XII e XIII, que é a única Nossa Senhora da Misericórdia conservada em Roma.
Por Rádio Vaticano