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07/12/2020
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado, nesta quinta-feira (03/12), a propósito de um quirógrafo do Papa Francisco, datado 17 de novembro, com o qual o Pontífice erigiu, como pessoa jurídica canônica e vaticana, a Fundação Rede Mundial de Oração do Papa, antigo Apostolado da Oração, com sede no Estado da Cidade do Vaticano. O organismo continuará aos cuidados da Companhia de Jesus. Os estatutos, aprovados pelo Papa, entrarão em vigor a partir de 17 de dezembro, ad experimentum por três anos a partir da data de aprovação.
O objetivo da Fundação é coordenar e animar o vasto movimento espiritual, muito querido ao Santo Padre, que acolhe e difunde as intenções de oração mensais propostas pelo Papa à Igreja. Francisco nomeou o padre Frederic Fornos, diretor internacional da Fundação.
Rezar com o coração sincero
A Rede Mundial de Oração do Papa, antigo Apostolado da Oração, teve início na França, em 1844, com o jesuíta pe. François-Xavier Gautrelet, fundada na espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus. Inicialmente destinado aos jovens jesuítas durante a formação inicial, expandiu-se rapidamente como um apostolado de oração para a missão da Igreja, alcançando cerca de 13 milhões de membros em muitos países. Mais tarde, em 1915, nasceu sua seção juvenil, a Cruzada Eucarística, hoje Movimento Eucarístico Juvenil.
Alguns anos atrás, o Papa Francisco instituiu a Rede Mundial de Oração do Papa como Obra Pontifícia a fim de destacar o caráter universal desse apostolado e a necessidade de que precisamos rezar cada vez mais e com o coração sincero.
A Rede Mundial de Oração do Papa apoia sua missão de evangelização, permitindo “sair da ‘globalização da indiferença’ e abrir-se à compaixão pelo mundo.
Várias vezes os Estatutos passaram por emendas “tornando-se cada vez mais um serviço da Santa Sé próximo à da oração pelas intenções do Santo Padre (como desejavam especialmente Leão XIII e Pio XI). Em continuação com os seus predecessores, em 2018, Francisco quis que este serviço ao Santo Padre, através da oração, se tornasse uma Obra Pontifícia. “Vendo o Apostolado da Oração como missão da Santa Sé confiada à Companhia de Jesus, a partir de agora”, lê-se a este respeito nos Estatutos, como Rede Mundial de Oração do Papa, continua a ligação com a Companhia, mas se abre a uma dimensão universal, colocando-se a serviço de cada Igreja particular no mundo”.
Viver o caráter missionário
A Rede Mundial de Oração do Papa “está aberta a todos os católicos que desejam despertar, renovar e viver o caráter missionário que procede de seu batismo” e propõe um percurso espiritual chamado “O Caminho do Coração”, que integra duas dimensões: comprometer-se a promover as intenções de oração do Papa que “expressam os desafios da humanidade e a missão da Igreja” fazendo suas as alegrias e tristezas da humanidade e também deixar-se inspirar “para realizar obras de misericórdia espiritual e corporal”. E a dimensão ligada à vocação missionária do batizado, “permitindo-lhe colaborar em sua vida cotidiana, com a missão que o Pai confiou a seu Filho”. “O Caminho do Coração” é “um processo espiritual estruturado pedagogicamente para identificar-se com o pensamento, a vontade e os projetos de Jesus”. Desta forma, a pessoa batizada se propõe a acolher e servir o Reino de Deus, motivada pela compaixão no estilo do Filho de Deus”, lê-se nos Estatutos.
A Fundação, afirmam os Estatutos, está diretamente sujeita à autoridade do Sumo Pontífice, que a governa através da Secretaria de Estado, levando em consideração a entrega histórica do Apostolado da Oração à Companhia de Jesus desde o início.
Intenção de Oração
A Rede Mundial de Oração do Papa é a responsável por divulgar a série “O Vídeo do Papa”, uma iniciativa oficial de alcance global que tem como objetivo difundir as intenções de oração mensais do Santo Padre. O projeto conta com o apoio do Vatican Media. Neste mês, o Vídeo do Papa é sobre o poder da oração para mudar a realidade e os corações. Francisco pede que, por meio de uma vida de oração, possamos nutrir nosso relacionamento com Jesus Cristo.
Via CNBB