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07/06/2016Faltam pouco mais de duas semanas para a viagem do Papa Francisco à Armênia, de 24 a 26 deste mês. No país, fervem os últimos preparativos. Com qual espírito os armênios acolherão o Sucessor de Pedro a nossa emissora conversou com o Reitor do Pontifício Colégio Armênio de Roma, Mons. Nareg Naamo.
Mons. Naamo: “O espírito é de gratidão porque no ano passado o Santo Padre, com a missa celebrada em 12 de abril, na Basílica de São Pedro, por ocasião do centenário do ‘O grande mal’, se encontrou com os líderes da Igreja armênia tanto católica quanto apostólica, e também com o presidente da armênia, e todos o convidaram a visitar a Armênia. Esta foi a sua resposta como um pai aos seus filhos que vai se encontrar com eles.”
Qual é a situação que o Papa Francisco encontrará na Armênia?
Mons. Naamo: “É uma visita histórica, para nós armênios, mas também uma visita que envolve muitos olhares, vários pontos: seja no campo religioso seja no âmbito ecumênico, e sobretudo político. A região em que o Santo Padre celebrará é uma região que foi afetada alguns anos atrás por um grande terremoto que causou muitos prejuízos, milhares de vítimas e ainda hoje muitos sem-teto. Por isso, a visita do Papa é uma visita muito importante nos âmbitos político, internacional, humano e evangélico.”
Quais serão os frutos dessa visita?
Mons. Naamo: “Em suas visitas, ultimamente vemos sempre este seu carisma que muda espiritualmente, mas também humanamente. O Santo Padre fará também uma visita de paz não somente à Armênia, mas nos próximos meses à Geórgia e Azerbaijão, dois países que confinam com a Armênia e não têm boas relações com ela, sobretudo o Azerbaijão. Por isso, esperamos muitos frutos dessa visita.”
O aspecto ecumênico é outro ponto importante dessa visita…
Mons. Naamo: “Conhecemos muito bem, do Santo Padre, o seu carisma de aproximação, de fazer sentir bem as pessoas que estão ao seu redor. A este povo que sofreu muito nos anos passados por causa de sua fé, por sua ligação com a Igreja Católica, a visita do Papa dará um sopro de esperança, um sopro de amor: é o Pai que vai visitar os seus filhos. Sabemos muito bem que a Igreja armênia apostólica, mesmo que não tenha uma pertença dogmática à Igreja católica, é uma Igreja muito próxima à Igreja católica: deu muitos mártires, teólogos e doutores, sobretudo no ano passado, com o reconhecimento da parte do Papa Francisco de São Gregório de Narek como Doutor universal da Igreja. Todos estes dons, estes frutos que a Igreja católica está dando às Igrejas não unidas a ela, isso hoje nos dá também um grande sopro de esperança e de vida ecumênica.”
Por Rádio Vaticano