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10/08/2017A atividade humana é uma das causas principais das mudanças climáticas e de seus graves efeitos: é o que denuncia um relatório redigido por cientistas de 13 agências governamentais dos EUA e cujo esboço foi publicado pelos jornais New York Times e The Washington Post.
O relatório “contradiz diretamente as afirmações do presidente Trump e de membros de seu gabinete de que a responsabilidade humana no aquecimento global é incerta e que a capacidade de prever seus efeitos é limitada”, destaca o NYT.
Os anos mais quentes da História
O estudo, que está ainda aguardando a aprovação do governo, aponta que a temperatura média nos EUA começou a aumentar na década de 80 do século XX e estas foram as décadas mais quentes dos últimos 1500 anos. “Há muitas provas que demonstram que as atividades humanas, especialmente as emissões de gases do efeito estufa, são as primeiras responsáveis pelas recentes mudanças no clima”, escrevem os especialistas.
O ‘National Climate Assessment’ é o documento preparado e publicado a cada quatro anos como parte da avaliação climática em nível nacional, e tem o aval da Academia Nacional de Ciências. Os Estados Unidos anunciaram sexta-feira (04/08) que seguirão participando das negociações internacionais sobre a mudança climática visando proteger seus interesses, apesar de sua prevista saída do Acordo de Paris de 2015 sobre o aquecimento global.
Aumento da temperatura é dramático
Segundo dados coletados, todo o território dos EUA será tocado pelas mudanças climáticas e as temperaturas vão subir de 2,8 a 4,8 graus até o final do século. O aquecimento é mais alarmante no Alasca e na região Ártica, com consequências nos níveis dos mares.
Cientistas consultados pelos dois jornais temem que a Casa Branca, que recebeu o relatório há algumas semanas, decida desprezá-lo e evitar sua publicação definitiva.
Em sua Encíclica Laudato si, publicada em 2015, o Papa Francisco chama em causa a humanidade para a necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater o aquecimento global ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam.
Por Rádio Vaticano