As relíquias de São Pio de Pietelcrina e de São Leopoldo Mandi? deixaram o Vaticano para retornar, respectivamente, a San Giovanni Rotondo e Padova. Na manhã desta quinta-feira, 11, a Missa de despedida na Basílica de São Pedro foi presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.

Muitos fiéis quiseram fazer uma última saudação aos dois santos da misericórdia, cujos corpos estiveram expostos em Roma por ocasião do Ano da Misericórdia. Dom Fisichella delineou a figura dos dois capuchinhos comentando o Evangelho do dia, em que Jesus convida os discípulos a segui-Lo, negando a si mesmo, carregando a própria cruz.

“Padre Leopoldo, em sua vida queria, ser missionário, sobretudo entre os povos eslavos, para reconduzi-los à unidade. Queria ser um pregador e o Senhor lhe pediu para renunciar. Sua vida se desenvolveu no silêncio de um pequeno confessionário, que nem o bombardeio do seu convento pôde destruir. Sob o bombardeio da guerra, aquele convento foi destruído; a única coisa que permaneceu em pé foi o confessionário de padre Leopoldo”.

Sobre padre Pio, Dom Rino destacou que ele ensinou cada um tomar a Cruz de Jesus para si, e nisso deixou um grande exemplo. “Sua vocação foi aquela de levar, impresso no seu corpo, a própria Paixão de Jesus. Nunca como para ele – e antes dele São Francisco – poderiam ser válidas essas palavras do apóstolo Paulo: ‘sempre carregando no corpo a morte de Jesus; para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne, de modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida’”.

O ministério da Reconciliação que estes dois frades capuchinhos desenvolveram em toda a sua vida, finalizou Dom Rino, não é outra coisa se não levar em si a morte para que nos fiéis pudesse vigorar a vida do perdão e da nova reconciliação com o Senhor Jesus.

Por Canção Nova, com Rádio Vaticano