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20/11/2015A Repam, Rede Eclesial Pan-Amazônica, quer participar da Cop 21, a 21ª Conferência Internacional sobre as Mudanças Climáticas de 30 de novembro a 11 de dezembro próximos, em Paris.
Mais de 120 chefes de Estado são esperados no evento, cuja realização foi confirmada pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls, que adiantou que a França está disposta a manter a cúpula internacional sobre o clima, pois “adiá-la seria de certa forma ceder diante da violência”.
A Repam, como novo ator na defesa do meio ambiente e dos povos amazônicos, é apena uma das realidades da Igreja engajadas contra as mudanças climáticas e na promoção de um estilo de vida e convívio mais saudável e respeitoso da natureza.
Existe um Movimento mundial em favor do clima, que reúne 230 organizações católicas, que promoveu uma petição que já foi assinada por 500 mil pessoas pedindo a adoção de políticas internacionais para impedir o aumento do aquecimento global. O documento será entregue às autoridades francesas, que presidirão a Cop21, e aos representantes das Nações Unidas, em um evento interconfessional marcado para Paris, no próximo dia 28.
Em fins de outubro, o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz lançou um apelo por um acordo “justo, juridicamente vinculativo e autenticamente transformativo” na próxima Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP 21), com dez propostas específicas de orientação. Padre Michael Czerny, que representa o Pontifício Conselho na Plenária da Repam em Bogotá, ressalta:
“A Igreja estará presente na grande conferência COP21 também como Estado Observador. Com nossa delegação, participaremos das negociações. O Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, será o líder da delegação, que incluirá representantes das Igrejas locais. Haverá uma representação da Igreja em todo o mundo, assim que as vozes que se elevam da Amazônia e de outras partes do mundo ameaçadas por secas ou tempestades, estarão presentes. A contribuição da Santa Sé é sempre muito apreciada, porque todos os outros Estados tratam de defender seus próprios interesses, e o único interesse da Santa Sé é o homem. Assim, a Santa Sé tem um papel essencial de chamar a comunidade internacional, aonde todos estão muito ocupados em defender seus próprios interesses e convidá-los a olhar ao bem comum, ao bem de todos, do futuro. Esperamos que no espírito da Laudato si, a Santa Sé poderá ajudar a melhorar os resultados de Paris e a comunidade internacional e todos os povos a levarem a sério suas responsabilidades para cuidar de nossa casa comum”.
Naturalmente, a presença do Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Repam, na cúpula sobre o clima COP 21 estará condicionada às condições de segurança na capital francesa.
Por Rádio Vaticano