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Sete comunidades indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol receberam a visita do bispo de Roraima, dom Mário Antônio da Silva, segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os dias 26 e 29 de setembro.
Uma comitiva missionária de 24 pessoas, formada por padres Missionários da Consolata, leigas missionárias de Manaus (AM) e Boa Vista (RR) e lideranças das comunidades indígenas, acompanhou o bispo nas visitas, onde estavam programadas dedicações do altar de igrejas, inauguração de um auditório e de um malocão, batizados, casamentos e crisma.
Em todas as comunidades visitadas (Maturuca, Caxirimã, Popó, Wilimon, Tabatinga, Enseada e São Mateus) os missionários foram acolhidos pelas lideranças, pelo Tuxaua (o cacique) e pelas crianças e jovens, que cantavam e dançavam, vestidas com trajes típicos. As comunidades indígenas da região da Raposa Serra do Sol estão divididas em 9 centros: Maturuca, Wilimon, Morro, Pedra Branca, São Mateus, Caraparu, Carapanã, Pedra Preta e Campo Formoso. Cada um deles abrange diversas comunidades indígenas de etnias: Macuxi, Wapichana, Patamona, Igarico, Tauripang.
Ao todo foram três casamentos, 32 batizados e 83 jovens crismados. Dia 29 de setembro, na comunidade da Enseada, que recebeu, pela primeira vez, dom Mário Antônio. Os jovens crismandos estavam vestidos com uma camiseta vermelha estampada na frente com os dons do Espírito Santo e atrás com o nome da comunidade e logo da CNBB. Dom Mário agradeceu e elogiou a homenagem inédita aos bispos do Brasil. Sua homilia foi voltada para a juventude, convidando-os a serem o melhor que puderem para Deus, a comunidade e a sociedade.
Após esses quatro dias de visita missionária, dom Mário Antônio afirmou que essa experiência o ajuda a se preparar melhor para o Sínodo da Amazônia, que se inicia no próximo dia 6 de outubro. “Levo no coração, dilatado de alegria, essa experiência nesses dias aqui nas comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol para o Sínodo especial para a Amazônia, onde o Papa Francisco nos convoca a fazer a experiência da escuta, da celebração, da inculturação, do estar junto com os povos indígenas, com todas as comunidades da Amazônia”, disse dom Mário, que também pedia a todas as comunidades para acompanharem o Sínodo com a oração, amor e carinho.
Para Dom Mário, pisar em terras indígenas e pisar no Estado do Vaticano é um mesmo novo caminho, é uma mesma sintonia. “São duas terras sagradas que se confluem no mesmo objetivo: defender a vida, em novos caminhos de Evangelização e para uma ecologia integral”, disse.
Via CNBB com colaboração de Karina Carvalho