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04/08/2016A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está reunida em Brasília com representantes das Pastorais Sociais de todo o país. O encontro iniciado na terça-feira, 2, segue até hoje, 4, com o objetivo de avaliar a caminhada das articulações regionais frentes aos desafios da atualidade.
O bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão, dom Guilherme Antônio Werlang, ressaltou nesta quarta-feira a doação dos diversos agentes nas paróquias, dioceses e regionais. “O que mais chama atenção em todos os relatos é que tudo é fruto de muita luta, de muita entrega, de muito voluntariado”, disse.
Dom Guilherme dedicou sua reflexão ao diagnóstico das articulações regionais das Pastorais Sociais. “Nesta manhã, aqui reunidos nas Pastorais Sociais em Brasília, estamos fazendo uma grande partilha dos trabalhos sociais que as Pastorais realizam e que estão acontecendo nos diversos regionais pelo Brasil afora”, conta o bispo.
O bispo relatou que, em alguns regionais da CNBB, o trabalho está mais organizado, já em outros menos ou “até sem a devida organização”. Entretanto, dom Guilherme informou que mesmo nos regionais onde não há um trabalho que funcione de forma satisfatória, há notícias de que paróquias, dioceses ou iniciativas nos âmbitos das pastorais estão fazendo “grandes trabalhos sociais”.
Voluntariado
“O que mais chama atenção em todos os relatos é que tudo é fruto de muita luta, de muita entrega, de muito voluntariado”, analisa dom Guilherme, lembrando que a maioria dos agentes que estão no encontro das Pastorais Sociais trabalham de forma gratuita nas articulações sociais. “O serviço gratuito é a marca maior de quem está nas Pastorais Sociais”, afirma.
“Somos chamados e chamadas a nos organizar sempre mais e a unir as forças nas lutas que são comuns de todos os pobres e excluídos do país”, acrescenta. Segundo o bispo, as ações em favor dos pobres, que colabore na transformação social, tornando presentes os sinais do Reino, devem ser feitas em conjunto. “Quem quer melhorar a Igreja, a paróquia, a congregação religiosa, o município, o Brasil, tem que arregaçar as mangas e ir para a luta, para o trabalho’”, exorta.
Presença samaritana
Ao falar sobre o objetivo do encontro, dom Guilherme disse ser preciso olhar a caminhada, as lutas e a presença e atuação juntos às camadas mais pobres. Ele ressaltou que a missão das Pastorais Sociais é de “ser a presença Samaritana da Igreja junto aos caídos dos caminhos da sociedade brasileira”.
O encontro, segundo o bispo, deve indicar, “neste tempo de grande e grave crise política, econômica e judicial em que vivemos, o que é realmente nossa missão e nosso lugar”.
Por CNBB