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26/11/2015Antes de partir para acompanhar o Papa Francisco em sua 11ª viagem apostólica, o diretor da Revista Civilta Cattolica, padre Antonio Spadaro (foto), concedeu uma entrevista à emissora italiana RAI. De acordo com Spadaro, o Papa Francisco quis estar com a população para levar reconciliação, já que acontece uma guerra civil na República Centro-Africana. Em uma mensagem enviada antes da viagem, o Santo Padre fala de paz, reconciliação e fraternidade.
Uma das preocupações dessa viagem é com a segurança do Papa, mas apesar dos riscos, o próprio Pontífice se sente seguro. No voo de ida para a África, ele conversou brevemente com jornalistas; um dos membros da imprensa perguntou sobre o medo de terrorismo e o Papa respondeu: “Estou mais preocupado com os mosquitos”.
O Pontífice quis visitar o país para levar solidariedade à população. De acordo com padre Spadaro, o arcebispo de Bangui, Dom Dieudonné Nzapalainga, é muito amigo do líder muçulmano local. “A mesquita foi destruída por milícias que se dizem cristãs e a comunidade católica ajudou a reconstruí-la”, relatou.
Porta Santa antecipada
Uma das novidades nessa viagem foi a antecipação da abertura do Ano Santo da Misericórdia. Oficialmente, o Jubileu começa em 8 de dezembro, mas na África a abertura está marcada para 29 de novembro na catedral de Bangui, capital da República Centro-Africana. “Abrir pela primeira vez a porta na República Centro-Africana tem um significado simbólico muito poderoso e representa a surpresa própria do Papa Francisco”, diz Spadaro.
Uganda e Quênia
Entre os compromissos em Uganda e Quênia, a expectativa é para o encontro com a juventude. “A África é um continente jovem. É a juventude que pode construir uma unidade social que vá além das diferenças”, recorda Spadaro.
Apesar dos aspectos desafiadores, o sacerdote jesuíta recorda os sinais de esperança. “Os mártires ugandeses canonizados há 50 anos por Paulo VI são recordados por católicos e anglicanos”, destaca, referindo-se ao apelo de unidade da primeira viagem do Papa Francisco à África.
A população do Quênia é marcada por sofrimentos causados por ataques violentos. Em 2013, mais de 400 pessoas morreram em atentados. Um ataque contra o shopping Westgate de Nairóbi deixou 67 mortos. Em abril de 2015, 148 pessoas foram assassinadas na Universidade de Garissa.
Por Canção Nova