Vicente Cimatti

Início do processo: 6-1-76
Venerável: 21-12-91

Vicente Cimatti nasceu em Faenza no dia 15 de julho de 1879 de Tiago e Rosa Pasi, último de seis filhos. Dos três irmãos supérstites, Ir. M. Rafaela da Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia, é beata; Luís, Salesiano coadjutor e missionário na América Latina, morreu em conceito de santidade; e ele, Vicente, é venerável.

Aos três anos fica órfão do pai. É levado pela mãe, à igreja paroquial onde Dom Bosco estava pregando: “Vicentinho, olha, olha Dom Bosco!”, dizia-lhe a mãe. E por toda a vida ele recordará o bom rosto do velho padre.

Aos 17 anos torna-se salesiano e é enviado a Turim-Valsalice, onde ensina e acumula títulos de estudo: diploma de composição junto ao Conservatório de Parma, láurea em agricultura, em filosofia e pedagogia em Turim. Aos 24 anos é ordenado sacerdote. Por vinte anos é professor e compositor brilhantíssimo no colégio de Valsalice. É chamado de Mestre por gerações de clérigos. Entretanto, pedia ao Reitor-Mor com muita insistência: “Encontre-me um lugar na missão mais pobre, mais difícil, mais abandonada. Não consigo viver em meio às comodidades”. Aos 46 anos foi satisfeito! O P. Rinaldi enviou-o como chefe do grupo fundador da obra salesiana no Japão. Trabalhará ali por 40 anos.

Conquistou o coração dos japoneses com a sua bondade, empenhando-se como Dom Bosco no apostolado da imprensa e da música. Traduziu a vida de Domingos Sávio para o japonês. Por ocasião dos 2600 anos da fundação do império japonês, foi convidado a compor uma sonata a ser transmitida pelo rádio. O jornal mais autorizado do Japão julgou-a “mais japonesa do que as japonesas”.

Fundou uma banda musical de meninos que girou pela nação inteira. Diretor da primeira casa salesiana em Miyzaki, será, três anos mais tarde, o Superior da nascente Visitadoria. Viajou muito para encorajar continuamente os primeiros salesianos no Japão, abrindo obras sobretudo para os jovens órfãos e marginalizados.

Em 1935 foi nomeado Prefeito Apostólico. Depois dos anos difíceis da guerra, cheios de inumeráveis sacrifícios, fundou em Tóquio a “Cidade dos Meninos” que, com escolas elementares, médias e profissionais, acolheu em breve 260 órfãos. Em 1949, aos 70 anos, continuou o seu trabalho como diretor do estudantado filosófico e teológico de Chofu por outros nove anos.

Ali morreu como um patriarca, no dia 6 de outubro de 1965. Recebeu diversos reconhecimentos das autoridades italianas e japonesas. Seus restos mortais – exumados em 1977 e encontrados perfeitamente intactos – repousam agora na cripta de Chofu.

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