Projeto do CEMADEN conta com apoio do UNISAL
Criado em 2012, o CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) tem avançado consideravelmente em seus projetos pelo Brasil no sentido de se implantar uma cultura conhecida e pouco praticada: a de prevenir ao invés de remediar.
No dia 9 de março de 2016, a cidade de Lorena (SP) sediou um encontro para registrar o município como cidade resiliente O Projeto “Lorena Resiliente: uma oportunidade inédita no Brasil”, conta com o apoio da Prefeitura de Lorena e do UNISAL Lorena.
O encontro reuniu representantes da Prefeitura de Lorena (Prefeito de Lorena: Fábio Marcondes; Secretário de Segurança Pública: Capitão Elton Luiz Ribeiro; Robson Tadeu Chaves Ribeiro: Chefe da Defesa Civil; Representantes da Secretaria de Educação e professores; Conselho Municipal de Meio Ambiente), Empresários da Região, Instituições de Ensino Superior de Lorena (UNISAL: Roberta Werneck, Padre Mario Bonatti, Euni Vieira e Sirlene Batista – Jefferson Moura: FATEA Lorena), Defesa Civil Regional, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além de representantes do CEMADEN.
O UNISAL ofereceu as estruturas para sediar e apoiar o evento, que foi realizado das 9h às 17h.
“Os desastres naturais na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que afetaram Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis, nos mostraram a necessidade da criação de um núcleo específico que prevenisse tragédias e que trabalhasse junto à comunidade a percepção sobre áreas de risco, afirmou Regina Alvalá, coordenadora de Relações Institucionais do CEMADEN, durante cerimonial de abertura do evento.
O prefeito de Lorena, Fábio Marcondes, ressaltou a importância do papel da comunidade no processo de construção da conscientização ambiental. “O maior problema hoje é o lixo, não há investimento válido se não houver educação e conscientização”, revelou Fábio Marcondes.
Lorena não é tida com um dos municípios mais problemáticos da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte quando o assunto são áreas de risco. Ainda assim, o CEMADEN parabenizou a cidade pelo investimento no Projeto. O prefeito retribuiu com um agradecimento à ao Centro pela instalação de 8 pluviômetros em alguns bairros que requerem mais atenção por estarem às margens de rios e também informou que, em 2013, foi criado um plano preventivo de combate às cheias. Por conta dos anos de estiagem, o núcleo não precisou atuar em ações, somente em prevenção. Mas no início de 2016, com as fortes chuvas registradas, 800 famílias residentes na Vila Brito, Vila Nunes, Vila Geny e Olaria foram atingidas pelas enchentes. Pelo menos 20 tiveram de deixar as casas e foram levadas para a residência de parentes. A exemplo da prefeitura, a Pastoral Universitária do UNISAL chegou a arrecadar colchões, materiais de limpeza, produtos de higiene pessoal e roupas de cama para ajudar as vítimas. “Recebemos muito material e encaminhamos à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Lorena. A população é muito solidária”, avaliou, na ocasião, Eduardo Nunes, da PdU.
Para ajudar as prefeituras, o CEMADEN foi criado. O Centro desenvolve, testa e implementa um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais em áreas suscetíveis de todo o Brasil.
O Centro não só auxilia as ações preventivas, mas possibilita identificar vulnerabilidades no uso e ocupação do solo, com destaque para o planejamento urbano e a instalação de infraestruturas.
Atualmente, atende 957 dos 5.570 municípios do Brasil. O encontro, em Lorena, é o primeiro de um Projeto audacioso. “Eu tenho certeza que deste evento irá sair um embrião para ser piloto para todo o Brasil”, concluiu o discurso com esta fala, Regina Alvalá.
Todos os representantes do poder público e sociedade civil se reuniram em grupos separados para a construção do plano audacioso do CEMADEN.
Eles se dividiram em 3 grupos e, ao longo do dia, trabalharam propostas e prazos para impactarem, de fato, a sociedade na temática: prevenção de desastres naturais.
O grupo de “Meio Ambiente e Saúde” determinou para o 1º e 2º semestres de 2016 um levantamento nas IEs do número de trabalhos relacionados com a prevenção da comunidade em relação aos desastres. “Há muito conteúdo que fica guardado dentro das bibliotecas, é preciso expandir esse conhecimento para a comunidade”, avaliou Jefferson Moura, da FATEA Lorena.
Em 2017, o grupo pretende trabalhar a capacitação dessa comunidade. “Vamos capacitar as lideranças para que elas realizem as formações junto às famílias. A ideia é que a comunidade acredite nela e não tenha o poder público como muleta”, concluiu Jefferson.
O segundo grupo “Defesa Civil” contou com a participação de representantes do CEMADEN, integrantes de empresas da Região, poder público e IES. A equipe deu destaque à ação de fomentar redes solidárias e de autoproteção nos bairros.
“Nós vamos fazer o levantamento bibliográfico para criar essas redes. Essa ação vai acontecer de 21 a 25 de março e vamos contar com a SADS- Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social – e a Secretaria de Educação”, destacou uma das representantes.
Na segunda quinzena do mês de abril, o CEMADEN irá levar os resultados desse levantamento para aplicação nas escolas de Lorena.
O terceiro e último grupo “Educação e Mobilização Social” foi rápido e objetivo na explicação. Preferiu acreditar na educação como ponto de partida para a conquista dos resultados. “Acho que todos os grupos deveriam levar em consideração a formação, não somente de professores como também de nós, enquanto cidadãos comuns”, ressaltou Euni Vieira, Professora e Coordenadora de Estágio no UNISAL Lorena.
No final do encontro, a grata surpresa! A Tv FATEA deverá elaborar um documentário sobre a construção deste projeto de defesa da cidade de Lorena e que servirá de modelo para todo o Brasil.
Comunicação e Marketing – UNISAL