O curso de Filosofia do UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), Unidade Lorena, apresentou em 15 de junho, por meio da disciplina Antropologia Cultural, do Prof. Douglas Rodrigues, os resultados de 11 trabalhos sobre a expressão cultural de várias cidades, regiões e até países. A atividade foi organizada pela coordenação do curso, com o Professor Mário Dias e Árison Lopes.
A missão foi dada aos Alunos do primeiro ano do Curso. O aluno Ailton Evangelista não teve dúvida e apostou num dos maiores símbolos de cultura e folclore da região metropolitana do Vale do Paraíba: a turma do Sítio do Picapau Amarelo. O pórtico do UNISAL lembrou de perto a casa por onde se passavam as aventuras da boneca de pano Emília e sua turma. “Desde o início do semestre pensei em falar desse assunto, tive comigo vários anjos que me ajudaram nessa missão”, disse o seminarista e aluno.
Os anjos a quem Ailton se referiu são artistas plásticos como Angelito, de Areias, que assinou as obras do sítio. Além disso, o futuro sacerdote também atribuiu à gratidão aos personagens do sítio. “Personagens ricos como Tia Anastácia e Dona Benta mostram bem o retrato do que é o país. Tia Anastácia é a versão humana da literatura, Dona Benta é a expressão viva do folclore”, afirmou ele.
O paraguaio Lucas Torres apostou no ritmo que embala o país de origem. Ele destacou a Polka e Guarânia, dois estilos musicais carregados de patriotismo nas composições. “Também trouxe aos professores e alunos outros ritmos que mostram a insatisfação com a situação atual do país, são eles reggae e rock”, disse Lucas.
Como a expressão religiosa é muito rica na região do Vale do Paraíba, não poderia faltar a cidade de Guaratinguetá. A terra das garças foi tema da apresentação dos alunos Jhonatan dos Santos e Eduardo Augusto Rosa Matos. Jhonatan descobriu curiosidades sobre a vida de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro. Já Eduardo disse que aprendeu muito sobre as construções antigas e mais recentes de Guará.
O professor da disciplina e também ex-aluno UNISAL, Douglas Rodrigues, afirmou que, diferentemente do que muitos pensam, a cultura não é estática, está em constante mudança, de acordo com as situações vividas por seus sujeitos. “Ela não está fora de nós, mas sim é configurada mediante o desenvolvimento do ser humano. É democrática, todos participam, é parte do que somos, nela se encontra o que regula nossa comunicação em sociedade”, ressaltou o docente. Douglas também disse que, ao longo da produção dos trabalhos, os alunos tornaram-se mais críticos sobre a realidade de cada espaço onde vivem e a importância de valorizar culturas diferentes da nossa, seja na dimensão material ou imaterial.
Comunicação e Marketing – UNISAL