Inovação. Foi assim o clima na Banca Final do Desafio ‘Tirando Ideias do Papel’ (TIP), realizado em 11 de junho. Como ser sustentável nos dias de hoje? É possível empreender num país de crise? Perguntas como essas instigam e provocam a criação de ideias inovadoras no Centro de Empreendedorismo (CdE) do UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), Unidade Lorena.
Os projetos promovidos pelo coordenador do CdE, Leandro Costa, e pelo assistente, Thiago Villela, vão propagando a cultura inovadora e tomam conta dos corredores, projetos e cotidiano dos Alunos e Ex-Alunos. A ideia é transformar o CdE em uma ferramenta de fortalecimento do ecossistema empreendedor da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte, aproveitando o conteúdo ofertado pela Instituição. Vale ressaltar que Lorena foi contemplada, neste mês de junho, pelo “Prêmio SEBRAE de Prefeito Empreendedor”, realizado no SENAC de Guaratinguetá, nas categorias Inovação e Sustentabilidade e Compras Governamentais de Pequenos Negócios. É a 9ª edição do Prêmio SEBRAE e a primeira vez que a cidade recebe a premiação.
Os números comprovam os frutos positivos cultivados pela dupla de empreendedores do UNISAL. São 96 inscritos; 15 Instituições de Ensino Superior participantes; 28 Cursos de Graduação distintos; 100 horas de mentoria; 4 meses de duração; 16 pessoas finalistas e 7 empresas finalistas: (Ross Fit; Eco Garden – Vencedora; Marry.me; VamôNus; Delivery Car Brazil; Orça Fácil e Fast Fit). Entre os futuros empreendimentos, empresas dos ramos da construção civil, turismo e viagens, varejo, alimentação saudável, casamentos, jardinagem e roupas para esportes.
A aluna do curso de Engenharia que está sorrindo à toa é Carla Vitória. Ela leva no nome o prêmio conquistado na Banca Final do TIP. “O Tirando Ideias do Papel foi uma oportunidade enriquecedora já para o meu primeiro ano de ingresso no UNISAL! Como um divisor de águas, confirmando que estou no caminho certo”, revelou Vitória.
A aluna disse que a construção do projeto contou muito com o apoio dos representantes do CdE. “Aos poucos, a nossa empresa foi ganhando vida, até que após passarmos por todas as etapas do desafio, conseguimos fazer e vender nosso primeiro produto”, disse a jovem empreendedora.
A Eco Garden tem como o objetivo oferecer ao cliente uma horta vertical em qualquer domicílio com pouco espaço, mas com variedade de verduras e hortaliças.
“O Tirando Ideias do Papel foi uma experiência bem clara da utilização das Metodologias Ativas de ensino aplicadas pelo UNISAL”, disse Carla Vitória, Aluna UNISAL e nova empreendedora no Vale.
Essas empresas continuam recebendo apoio do CdE, caso desejarem. “Há empreendimentos de Alunos dos últimos anos que surgiram no início do curso e até hoje acompanhamos”, disse Thiago Villela.
Solidariedade e união marcam a reconstrução da Comunidade Educativa São José após fenômeno natural Em 05.06.2016, o fenômeno micro-explosão com ventos de mais de 80 km/h causou danos para Comunidade Educativa São José (Escola Salesiana São José, ETEC e UNISAL).
Pudemos perceber pelas notícias, entrevistas e falas dos colegas que o “desastre natural” é como uma moeda de duas caras: se por um lado há a tristeza, a lamentação, por outro, o reconhecimento e a gratidão. É lamentável a destruição material e física, mas os danos poderiam ter sido muito maiores, caso o ocorrido tivesse acontecido no período de aulas. Após o acontecimento desse fenômeno, também houve a manifestação concreta da realidade individual, dos nossos fazeres, dos nossos sonhos, daquilo que é exatamente a vida: uma gangorra que ora pende para a felicidade e para a paz, ora para o trágico e para a angústia. No entanto, no segundo movimento, longe de ser determinista, é do processo natural. Não podemos atribuir ser vontade de Deus o ocorrido, mas no ocorrido podemos perceber qual é a vontade de Deus.
A perda material, de imediato, é levada às considerações temporárias e administrativas, que, de alguma forma, por meio de estratégias, ainda que custosas para os processos internos, sabe-se que é possível uma reorganização. Já, a perda simbólica, esta exigirá de cada pessoa, um redimensionamento de sentido, que nem o tempo e nem o espaço vão conseguir significá-la novamente. Poderemos reconstruir tudo de novo, no entanto, será uma outra, e nunca a mesma que foi destruída, descaracterizada.
Confesso que senti muito ao saber sobre o fenômeno que nos assolou, mas, ao ver o local e deveras perceber o quanto que a realidade noticiada não era da mesma proporção, e sim muito inferior, não foi possível e nem bom, reprimir as emoções suscitadas mediante o seu cenário caótico. Acredito ser esse também, o sentimento da maioria que, de alguma forma, pertence a este espaço de educação e de convivência.
Por que nos aperta o coração? Porque ninguém tem culpa pelo ocorrido. Ninguém fez essa maldade. Porque não conseguimos controlar a natureza que nos ameaça com suas forças de destruição. Temos apenas a dor sem nome, o triunfo do acaso e do inesperado sobre o que perdemos. Temos apenas a dissolução do universal na contradição. Por isso, nossa dor, é também a dor do outro. Nossa expectativa é que se torna sinal que supera toda força contrária nos pulsos da reconstrução.
Se foram muitos os que sonharam e trabalharam na construção do destruído, também serão muitos os que almejam a nova (re) construção. Estamos nesta! Juntos somos mais.
Somos gratos à nossa coletividade, que se mostraram solidários e, que unidos, provaram que é possível seguir em frente, para voltarmos às atividades e às aulas. Basta acreditar.
Texto: Prof. Antônio de Jesus Santana (UNISAL e ETEC) / Adaptação: Marketing UNISAL