Desapareceu na noite de sexta-feira, dia 2 de junho, a relíquia de São João Bosco que se venerava na parede absidal da Basílica Inferior do Colle Don Bosco, em Castelnuovo Don Bosco.
“Aflige-nos deveras, a nós e aos tantíssimos seus devotos que vierem a saber do acontecido. Entretanto, confiamos em que Dom Bosco possa tocar o coração de quem levou a termo tão indigno gesto, e o faça reentrar em si, tal como sabia transformar a vida dos jovens que com Ele se encontravam. Admitimos – continua o Pe. Ezio Orsini, Reitor da Basílica – que se possa, como aconteceu, subtrair uma relíquia de Dom Bosco; mas será impossível roubar-nos Dom Bosco, a nós e aos tantos peregrinos que todos os dias visitam estes Seus lugares”.
Dom Bosco não se pode roubar
Dias após o furto sacrílego da Relíquia de Dom Bosco, no Colle Don Bosco, enquanto prosseguem as buscas para encontrá-la, os Salesianos que animam a basílica agradecem a todas as pessoas que manifestaram a sua solidariedade perante tão triste ocorrência. Especial vizinhança demonstrou Dom César Nosiglia, Arcebispo de Turim, que no sábado, dia 3 de junho, exortou a todos os sacerdotes da sua Diocese a recordar a comunidade salesiana nas Santas Missas da Solenidade de Pentecostes.
“A notícia do furto de uma relíquia de são João Bosco, do Templo de Castelnuovo, é das que se não desejariam nunca ouvir”, escreveu em comunicado o senhor arcebispo. “Porque nos faz pensar numa profunda miséria moral: qual a de quem subtrai um ‘sinal’ que foi deixado e conservado para a devoção e a Fé de todos”.
“A Igreja de Turim está perto da Comunidade Salesiana”, continua a mensagem do prelado. (…) “Dom Bosco era sacerdote desta Diocese: há dois anos, celebramos juntos, com a Ostensão da Síndone e a Visita do Papa Francisco, os 200 Anos do seu Nascimento”.
Depois de exortar os seus sacerdotes a recordar a comunidade salesiana nas missas de Pentecostes, Dom Nosiglia concluiu convidando quem subtraiu a relíquia a restituí-la “imediata e incondicionalmente, a fim de que se possa fechar esta dolorosa página, e continuar a honrar dignamente a memória de Dom Bosco em sua Terra Natal”.
No entretanto, os Salesianos da Comunidade do Colle Don Bosco manifestaram a sua gratidão pela atenção, orações e sinais de solidariedade recebidos através de e-mails, mensagens, chamadas telefônicas.
O Pe. Lucas Barone, diretor da comunidade, ressaltou especialmente a vizinhança expressa do senhor arcebispo de Turim; do Reitor-Mor e seu Vigário; do Conselheiro Regional, Pe. Stefano Martoglio; pelo Inspetor do Piemonte-Vale d’Aosta, Pe. Enrico Stasi; alguns dentre os “muitíssimos de todas as partes do mundo salesiano” que “manifestam a sua vizinhança”.
Rezemos para que essa Relíquia possa voltar quanto antes a seu lugar no Colle Don Bosco”
Espera, confiança, oração: é com este espírito que a Família Salesiana está enfrentando este tempo de incerteza, após o furto da Relíquia de Dom Bosco da Basílica de Castelnuovo. “Até agora não existe novidade acerca das buscas para chegar ao autor do furto da Relíquia de Dom Bosco. Confiamos na magistratura inquiridora, que está a indagar com a mais vasta amplitude”, disse na terça, 6 de junho, o Vigário do Reitor-Mor, Pe. Francesco Cereda.
“A notícia do furto – prossegue o Pe. Cereda – teve ressonância mundial: uma expressão do amor a Dom Bosco. É este sentido de uma relíquia de santo: oferecer um elemento visível e tangível com que favorecer a sua invocação e imitação. Assim é com Dom Bosco, que continua a ser amado e invocado pelos jovens, especialmente pelos mais necessitados e pobres”.
Conclui, por fim, o Vigário do Reitor-Mor: “Desejamos e rezamos para que a Relíquia possa voltar quanto antes ao seu lugar, no Colle Don Bosco, precisamente ao local em que Dom Bosco veio ao mundo”.