O poder revela o caráter ou a falta de caráter da pessoa. Reconhecer que o poder é expressão imediata do ser não nos permite apelar simplesmente para a imperfeição moral para justificar os recursos antiéticos usados por muitos agentes políticos. Tais recursos fazem parte de jogos políticos – e, socialmente, o poder é um jogo de influências mútuas na ordem da convivência social –, produzidos por um sistema que supõe e produz poder. Graças a esse sistema o poder é assegurado e ampliado. Se, por um lado, o poder revela o caráter ou a falta de caráter da pessoa, por outro, ele também expressa a ausência de moralidade de sistemas para os quais o ser humano é apenas um meio para que eles funcionem e alcancem suas metas.
A opinião é de Ronaldo Zacharias, filósofo e teólogo salesiano, coordenador da Pós-Graduação em Educação em Sexualidade do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal) e professor de Teologia Moral na mesma instituição, da qual também foi reitor de 2012 a 2017. É membro da Comissão Internacional para a Pastoral Juvenil e Família desde 2018 e ex-secretário da Sociedade Brasileira de Teologia Moral (SBTM) durante vários mandatos.
Eis o texto
O que há em comum a respeito do que diz Maquiavel – “dê poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é” –, Abraham Lincoln – “se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”, Ivan Teorilang – “O verdadeiro caráter de um homem irá se manifestar apenas quando lhe for delegado poderes, pois quando tiveres o destino de outros à sua mercê, é chegada a hora de avaliar que tipo de animal habita o teu ser”, Lord Acton – “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe de modo absoluto” e Aislan Dlano – “quer conhecer uma pessoa, dê poder a ela; mas se quiser verdadeiramente conhecê-la, retire o poder dela”?
Não é difícil perceber o que há de comum nas afirmações de tais pensadores: por um lado, a ambiguidade do poder; por outro, a sua evidente relação com o caráter da pessoa. Justamente por isso, entender o seu significado é algo fascinante. Procurarei, aqui, refletir sobre o sentido do poder no contexto da relação entre verdade e hipocrisia, à luz da atividade política. Em seguida, proporei a devolução da verdade à verdade como caminho de superação da hipocrisia no exercício do poder. Por fim, defenderei que o poder pode ser libertador se vivido na perspectiva evangélica de serviço e sacrifício de si pelo bem do outro. Espero, com isso, conseguir demonstrar que é possível, até mesmo para a atividade política, servir-se do poder como instrumento de superação da hipocrisia e da corrupção e de promoção da justiça e da verdade.
1. Poder, verdade e hipocrisia
Se considerarmos, por exemplo, a atividade política, resulta mais fácil compreender o significado do poder. A política, considerada a mais nobre de todas as ciências, visa a realização da justiça e a consecução do bem comum, como caminhos concretos de realização e felicidade das pessoas e da sociedade. No entanto, para alcançar os seus fins, a ciência política deveria ser exercida por pessoas sábias, justas, honradas, virtuosas. É um bom político aquele que reúne consensos sem precisar recorrer a mecanismos de repressão e de intimidação. E isso depende, em grande parte, da sua competência e habilidade. E muito mais do seu caráter.
Tanto a pregação quanto as práticas de cura de Jesus manifestam a verdade do amor de Deus pela humanidade: trata-se de um amor inclusivo e salvífico. Vistas à luz do que Jesus ensinou, as suas práticas de cura revelam um Deus que fez opção por aqueles que tinham sido “feitos” pobres e, por isso, “postos” à margem da sociedade e do templo. Por meio das práticas de cura, Jesus reintegra os marginalizados à sociedade e anuncia a vontade de Deus de que a sociedade se distinguisse pela inclusão, compaixão e solidariedade.
Jesus, a verdade de Deus, é o paradigma para aqueles que querem responder ao chamado de Deus. Consequentemente, a solidariedade com os oprimidos – a radical inclusão que está no âmago da fé cristã – exigirá a cruz daqueles que O seguem, exatamente como a prática do Seu ministério provocou a Sua morte. Como bem afirma William Spohn, “o ‘indicativo’ da história de Jesus funda o ‘imperativo’ do que os cristãos são chamados a ser e a fazer” (SOPHN, 1999, p. 25).
Jon Sobrino, de forma magistral, sintetiza as consequências da verdade de Deus na vida dos seguidores de Jesus. De acordo com ele, os seguidores de Jesus devem “refazer a encarnação de Jesus e concebê-la como um processo de encarnação que gera sua própria dinâmica” (SOBRINO, 1992, p. 163). A profunda misericórdia para com os mais oprimidos deve transformar-se em ativa defesa da sua dignidade e dos seus direitos, o que leva – como aconteceu com Jesus – à controvérsia, à denúncia e ao desmascaramento daqueles que os oprimem e empobrecem. A ativa misericórdia leva ao conflito, à perseguição e à cruz. Para Sobrino, no anúncio da verdade de Deus o cristão “vai deixando sua própria vida” (SOBRINO, 1992, p. 163). Ou, como afirma Sebastião Gameleira, “a radicalidade do poder, de ser ‘todo-poderoso’, é poder ‘renunciar’ ao poder, ou seja, é a capacidade suprema de dispor de si a ponto de entregar-se, não ‘necessitar’ mais de si, já não ser mais ‘carente’, como Deus se revela em Cristo” (GAMELEIRA, 2003, p. 10-11).
Outro aspecto importante manifestado pela pregação e pelas práticas de cura de Jesus refere-se à natureza do poder. Também esta não pode ser evangelicamente compreendida senão à luz da kenosis de Jesus. Como bem afirma Sallie McFague, ao anunciarmos que a Palavra se fez carne, não podemos menosprezar “a forma particular tomada pela carne” ao se fazer palavra (McFAGUE, 1993, p. 167). Isto é, a verdade de Deus exige que entremos numa nova lógica, na lógica de Jesus, o qual transformou sua existência em dom para os outros, se inclinou para lavar os pés dos discípulos, foi capaz de um amor tão grande a ponto de dar a sua vida. A lógica de Jesus é kenótica: é grande quem se faz pequeno; o último é o primeiro; o maior é aquele que serve; salva a própria vida quem a perde; ama aquele que dá a própria vida; renasce aquele que morre; ressuscita quem se esvazia de si para encher-se de Deus. Por isso, na última ceia com seus discípulos, ele lhes dá um “novo” mandamento: que amem como “Ele” os amou (Jo 13,34). A verdade de Deus é que Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Como afirma Omar César Albado, “num momento histórico em que a exclusão assume formas cada vez mais descaradas, o paradigma kenótico se converte em anúncio profético do qual a teologia não pode se esquivar. A desapropriação é considerada como a proposição de um outro modo de construir a história e como uma forma distinta de pensar o humano” (ALBADO, 2017, p. 501).
Aplicada à atividade política, essa reflexão implicaria um novo modo de conceber o poder e de exercê-lo. Mais ainda, ela seria capaz de devolver a verdade à verdade e superar as tentações ligadas à pós-verdade e à autoverdade, pois “a” verdade é um fato concreto – “o Verbo se fez carne” –, uma boa nova capaz de transformar as pessoas e o mundo – “e habitou entre nós”. Diante do Verbo feito carne é possível compreender que, além de a humanidade ser assumida a sério na sua integralidade, é uma questão de integridade pôr-se a seu serviço considerando-a sempre como fim e nunca como meio. A verdade do Verbo que se fez carne e, portanto, “esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo”, “tomando a condição de servo e obedecendo até à morte” (Fl 2,7-8) é paradigmática e ao mesmo tempo imperativa para aqueles que exercem qualquer forma de poder.
O Papa Francisco tem alertado a Igreja sobre o perigo de um novo paradigma que afeta a sua identidade: o paradigma da autorreferencialidade (FRANCISCO, 2013, n. 94). Para ele, quando a Igreja se volta para si mesma, ela acaba buscando sua segurança na doutrina e na disciplina, tornando-se, assim, narcisista e autoritária. A autorreferencialidade não está tanto em falar sobre si mesma, mas em acreditar poder ocupar o lugar de Deus, convertendo-se em intérprete autorizada da sua vontade. Quando isso acontece, Deus deixa de ser o centro e a verdade de Deus deixa de ser Aquele cujo caminho ela mesma deveria percorrer (ALBADO, 2017, p. 499). Ousaria dizer que, quando isso acontece, a Igreja se torna mais uma entre tantas instâncias de poder e converte-se, ela mesma, em serva do poder. Não podemos ignorar que o poder pode subir à cabeça, e isso se explica pelo simples fato de que ele, mesmo chamado ao serviço, não deixa de se inclinar à dominação. Como afirma Clodovis Boff, “a raiz disso é que a potência busca a onipotência” (BOFF, 2003, p. 4).
Considerações finais
A parábola do samaritano (Lc 10,25-37), se interpretada à luz da verdade de Deus, evidencia alguns aspectos centrais do anúncio da Boa Nova, essenciais para ressignificarmos o poder em nosso meio. Em primeiro lugar, a pergunta inicial – “quem é o meu próximo?” – é uma formulação que coloca no centro da indagação a própria pessoa. A resposta de Jesus, no final, é outra pergunta – “quem foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” Jesus põe no centro a pessoa ferida, único personagem sobre o qual não sabemos coisa alguma, a não ser que tinha sido deixado no caminho meio-morto. O anônimo, nas palavras de Gustavo Gutiérrez, “aquele que não é ninguém, é o que move todo o relato” (GUTIERREZ, 2017, p. 133). Aquele que não é ninguém é privado de defesa e de palavra e se encontra na mais extrema pobreza. Aquele que não é ninguém precisa de ajuda. Sua sobrevivência depende da sensibilidade dos que se encontram com ele, da atitude de superar a indiferença e deixar-se interpelar pela realidade na qual se encontra.
Em segundo lugar, ao colocar no centro do debate a pessoa ferida, Jesus revela que, “estritamente falando, não temos próximos, mas nos fazemos próximos” (GUTIERREZ, 2017, p. 134). Fazer-se próximo significa deixar-se tocar pelo sofrimento do outro, sair do próprio mundo e pôr-se no caminho de quem mais precisa, ter a coragem de enlamear-se e ser ferido, romper os próprios esquemas e preconceitos, optar pela reciprocidade que caracteriza a relação de quem decide ser significativo na vida de alguém. Foi o que fez o samaritano. Ele pôde usar de misericórdia para com aquele que estava ferido porque decidiu, antes de tudo, colocar-se no seu caminho.
Em terceiro lugar, a parábola do samaritano foi resultado de uma maldosa provocação feita a Jesus por quem tinha pleno conhecimento da lei e sabia o que era preciso fazer para se salvar. Em outras palavras, o doutor da lei intencionalmente agiu de modo dissimulado. Procurou esconder-se atrás da hipocrisia, mas foi “desmascarado” por Jesus enquanto teve ele mesmo de responder ao que não queria responder. De tão preconceituoso, ele não foi capaz de dizer o samaritano tinha sido aquele que se fez próximo do necessitado. Revestiu sua resposta de roupagem religiosa para camuflar sua discriminação. E Jesus, ao dizer a ele que devia ir e fazer a mesma coisa, apresenta categoricamente o samaritano como modelo a ser seguido, rompendo com toda dissimulação da verdade e toda forma de discriminação e, portanto, de exclusão.
Voltemos, por fim, a atenção às afirmações propostas na introdução dessa reflexão. Todas elas sugerem que o poder revela o caráter ou a falta de caráter da pessoa. Heleno Saña confirma isso ao afirmar: “os tiranos da humanidade não começaram a ser tiranos ao assumir o poder, mas já eram potencialmente tiranos, pois, caso contrário, nunca teriam conseguido sê-lo” (SAÑA, 2016, p. 214-215). O poder tem, “em sua raiz, um caráter ontológico” e é “a expressão imediata do ser” (BOFF, 2003, p. 1). No entanto, tem razão Boff quando afirma: “é no nível do uso e não do ser que se pode falar na ambiguidade do poder. (…) Não é, pois, no nível de sua natureza, mas de sua função que o poder pode ser mal, injusto ou opressor. (…) Mas essa qualificação é de caráter ético e não ontológico. É a pessoa, só ou associada, que imprime ao poder esse sentido negativo. No fundo, não é o poder que é mau, mas sim o poderoso, que sendo mau, faz mau uso do poder” (BOFF, 2003, p. 3).
Ora, reconhecer que o poder é expressão imediata do ser não nos permite apelar simplesmente para a imperfeição moral para justificar os recursos antiéticos usados por muitos agentes políticos. Tais recursos fazem parte de jogos políticos – e, socialmente, o poder é um jogo de influências mútuas na ordem da convivência social –, produzidos por um sistema que supõe e produz poder. Graças a esse sistema o poder é assegurado e ampliado. Se, por um lado, o poder revela o caráter ou a falta de caráter da pessoa, por outro, ele também expressa a ausência de moralidade de sistemas para os quais o ser humano é apenas um meio para que eles funcionem e alcancem suas metas.
Para Achille Mbembe, estamos vivendo num período histórico que nos permite testemunhar um jogo longo e mortal: “O choque entre a democracia liberal e o capitalismo neoliberal, entre o governo das finanças e o governo do povo, entre o humanismo e o niilismo. (…) Em seu núcleo, a democracia liberal não é compatível com a lógica interna do capitalismo financeiro. No entanto, sob as condições do capitalismo neoliberal, a política se converterá em uma guerra mal sublimada. Esta será uma guerra de classe que nega sua própria natureza: uma guerra contra os pobres, uma guerra racial contra as minorias, uma guerra de gênero contra as mulheres, uma guerra religiosa contra os muçulmanos, uma guerra contra os deficientes. (…) Em um mundo centrado na objetivação de todos e de todo ser vivo em nome do lucro, a eliminação da política pelo capital é a ameaça real. A transformação da política em negócio coloca o risco da eliminação da própria possibilidade da política. (…) Neste contexto, os empreendedores políticos de maior sucesso serão aqueles que falarem de maneira convincente aos perdedores, aos homens e mulheres destruídos pela globalização e pelas suas identidades arruinadas” (MBEMBE, 2017).
Não é à toa que o artigo de Mbembe se intitula “A era do humanismo está terminando”. O realismo é tão chocante que sugere, à primeira vista, um pessimismo insuperável. No entanto, ele mesmo sugere que terão sucesso os que se colocarem no caminho dos perdedores. Numa linguagem evangélica, poderíamos dizer que serão significativos aqueles que se fizerem samaritanos. Aqui abre-se a oportunidade para que a fé sustente a luta, a esperança infunda coragem e a caridade anime o serviço. Se o que nos “sobrar” forem os perdedores da história, diante deles devemos nos ajoelhar para lavar seus pés, curar suas feridas, alimentar seus corpos, renovar suas mentes. Temos nas mãos um poder que pode ser, sim, libertador; um poder que pode, sim, ser profecia de “um novo céu e uma nova terra” (Ap 1,1).
Simples assim! Complexo demais!
Referências
ALBADO, Omar César. La evangelización bajo el paradigma de la kénosis de Jesús. Esbozo de una acción y relfexión desde el magistero de Francisco. In: GONZALO, Luis Aranguren; PALAZZI, Félix (Eds.). Desafíos de una teologia iberoamericana inculturada en tiempos de globlización, interculturalidad y exclusión social. Actas del Primer Encuentro Iberoamericano de Teología (Boston College, 6-10.02.2017). Miami: Convivium Press, 2017, p. 496-502.
BOFF, Clodovis. Teologia do poder. In: Revista Inclusividade 2/4 (2003): 1-9. Disponível aqui. Acesso em: 07.09.2022.
BRUM, Elaine. Bolsonaro e a autoverdade. Como a valorização do ato de dizer, mais do que o conteúdo do que se diz, vai impactar a eleição no Brasil. In: El País (10.07.2018). Disponível aqui. Acesso em: 07.09.2022.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1981.
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GAMELEIRA, Sebastião A. Somos poder. In: Revista Inclusividade 2/4 (2003): 1-13. Disponível aqui. Acesso em: 07.09.2022.
GREENE, Robert. As 48 leis do poder. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
GUTIÉRREZ, Gustavo. El espíritu y la autoridad de los pobres. In: GONZALO, Luis Aranguren; PALAZZI, Félix (Eds.). Desafíos de una teologia iberoamericana inculturada en tiempos de globlización, interculturalidad y exclusión social. Actas del Primer Encuentro Iberoamericano de Teología (Boston College, 6-10.02.2017). Miami: Convivium Press, 2017, p. 122-137.
MBEMBE, Achille. A era do humanismo está terminando. In: Instituto Humanitas Unisinos (IHU – 24.01.2017). Disponível aqui. Acesso em: 07.09.2022.
McFAGUE, Sallie. The Body of God: An Ecological Theology. Minneapolis: Fortress Press, 1993.
SAÑA, Heleno. La ideologia del éxito. Una lectura de la crisis de nuestro tiempo. Boadilla del Monte (Madrid): PPC, 2016.
SILVEIRA, Flávio Eduardo. Natureza do poder político: o problema da hipocrisia. In: Civitas – Revista de Ciências Sociais 1/1 (2001), p. 147-168.
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