Início do processo: 14 – 2 – 1921
Venerável: 1 – 12 – 1978
Beatificado no dia 25 de abril de 2004
Augusto Czartoryski nasceu em Paris no dia 2 de agosto de 1858, do príncipe polonês Ladislao e da princesa Maria Amparo, filha da rainha da Espanha. Há trinta anos a sua nobre estirpe, ligada aos interesses dinásticos da Polônia, tinha emigrado para a França.
A partir do exílio, o príncipe Ladislao procurava restaurar a unidade da pátria desmembrada em 1795. Aos seis anos Augusto perdeu a mãe. Tomou seu lugar Margarina de Orléans, filha do conde de Paris, pretendente ao trono da França.
Desde pequeno, Augusto mostrou-se um garoto bom e reflexivo. Embora ligadíssimo à sua amada Polônia, jamais foi atraído pela vida da corte. A ação da graça em sua alma levou-o ao desapego dos bens terrenos e a uma séria vida espiritual.
Entre os 10 e 17 anos, estudou em Paris e Cracóvia, mas a sua frágil saúde obrigou-o a interromper os estudos e a transferir-se freqüentemente para o sul da Europa em busca de um clima melhor. Naqueles anos, a Providência colocou ao seu lado o preceptor José Kalinowski, que o guiou com prudência não só nos estudos, mas sobretudo na vida espiritual. Kalinowski fez-se depois carmelita. Hoje a Igreja o venera como santo. O preceptor descreve o seu aluno como um jovem de humor estável, de grande bondade de espírito, de perfeita cortesia, sincero, inteligente e muito religioso, mas na simplicidade de coração.
Em maio de 1883, Dom Bosco está na França. É convidado para o Palácio Lambert da princesa Margarida de Orléans. Augusto ajuda sua missa, e o santo lhe diz: “Há muito tempo desejo conhecê-lo!”. O príncipe ficou fulgurado pelo encontro. Irá depois muitas vezes a Turim para se encontrar com Dom Bosco. Pede-lhe com insistência para entrar entre os Salesianos, mas o Fundador não está convencido.
Augusto fala com o Papa Leão XIII, que convida Dom Bosco a aceitar o príncipe. Em julho de 1887, depois de renunciar aos bens e à possibilidade do trono, contra o parecer da família, entra no noviciado. Tem 29 anos. Esforça-se por adequar-se aos horários e ao estilo de vida, torna-se o mais humilde dos noviços. Dom Bosco, quase à morte, abençoa o seu hábito talar. Inicia os estudos de filosofia. Logo depois fica doente, com tuberculose.
Na casa de Valsalice, em Turim, encontra o venerável André Beltrami. Os dois desenvolvem uma amizade espiritual muito profunda, enquanto André cuida de Augusto em sua doença. Entretanto, o P. Rua o faz estudar teologia e o admite às Ordens sacras.
Quando é ordenado sacerdote em San Remo, no dia 2 de abril de 1892, sua família está voluntariamente ausente: tentara de todos os modos fazê-lo sair da Congregação. Augusto encarnou plenamente a espiritualidade salesiana, de modo particular o aspecto do sacrifício e da oferta da própria vida e do próprio sofrimento pelo bem dos jovens e da Congregação; também Dom Bosco sofreu muito, embora não o deixasse perceber.
O P. Augusto morreu em Alassio no dia 8 de abril de 1893, sábado da oitava da Páscoa: “Que bela Páscoa!”, tinha dito. Completara 35 anos. João Paulo II, o papa polonês, teve a alegria de beatificá-lo em 25 de abril de 2004. Seus restos mortais são venerados em Przemysl (Polônia).
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