Ex-Aluno do UNISAL divulga trabalho sobre o negro

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. Durante a exploração colonial, a mão-de-obra negra foi amplamente utilizada em atividades agrícolas e de mineração que ganharam espaço na economia entre os séculos XVI e XIX. Mas como esses abusos refletem nos dias de hoje?

A missão de deixar viva essa história está nas mãos de cidadãos comuns e com vontade de ensinar. Quem faz parte dessa legião do bem é o Ex-Aluno do Curso de História do UNISAL – Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Unidade Lorena, Luiz Paulo Alves da Cruz. Graduado em 2009, recentemente concluiu o Mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com a dissertação: “O jongo e o moçambique no Vale do Paraíba (1988 – 2014): cultura, práticas e representações”.

Neste mês de outubro, ele voltou ao UNISAL para falar aos alunos sobre as experiências de sua pesquisa e para mostrar de que forma a cultura africana tem sido essencial na formação da cultura brasileira. “O debate foi realizado durante a minha aula de Estudos Dirigidos”, revela Diego Amaro, Professor do Curso de História.

Apesar de muitos anos passados, a discriminação aos negros ainda é presente, e para que isso chegue ao fim, entendemos a importância de compreender a história daqueles que foram oprimidos, e entender outras culturas para então romper os atos de discriminação e intolerância.

“Podemos observar a permanência das manifestações da cultura negra ainda realizadas, essas são formas de resistência desses, que por muito tempo, tiveram seu lugar negado na sociedade”, revela Diego. O professor também avalia que o espaço alcançado tempos mais tarde, hoje, é fruto de muita luta contra aqueles que os oprimiam em séculos passados, como os senhores de engenho e fazendeiros de café.

No próximo 20 de novembro, comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. Uma data para lembrar a resistência à escravidão. No Brasil, é marcado pela homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Considerado um ícone da cultura negra, Zumbi morreu lutando pelos direitos do seu povo. O quilombo dos palmares liderado por ele, no estado de Alagoas, resistiu por cerca de 100 anos. Segundo os dados da Fundação Cultural Palmares, por lá passaram de 25 mil a 30 mil negros. Zumbi foi assassinado pelas tropas coloniais de Jorge Velho. Após a sua morte, a abolição da escravatura só chegou ao Brasil em 1888. Na Região do Vale do Paraíba, o registro do negro se dá fortemente pelas grandes construções históricas que resistem ao tempo, graças ao cuidado de seus proprietários. E traços da cultura negra também podem ser notados nas festas, músicas, danças e na culinária brasileira.

Bananal é a certeza de que o Vale já foi o centro econômico do Brasil Império. A cidade, elevada a município em 1849, cresceu e se enriqueceu com as fazendas de café. Com tanta riqueza, chegou a avalizar para o Império empréstimos feitos em bancos ingleses e ter moeda própria. Com a decadência do café, as fazendas passaram para a pecuária leiteira.

Dos tempos anteriores ficaram muitos e valiosos monumentos. Locais que estão abertos à visitação e que encantam pelo cheiro de história que, nem mesmo quase dois séculos depois, deixam de exalar em nossas narinas.

“É preciso um olhar mais atento às fazendas do Vale Histórico. Estes locais guardam muito da cultura do café, dos escravos e dos coronéis”, revela Diego Amaro, professor do curso de História do UNISAL.

Comunicação e Marketing – UNISAL

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