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22/06/2016A Arquidiocese do Rio de Janeiro promove nesta quinta-feira, 23, o congresso “100 dias de paz: esporte para o desenvolvimento humano”, em parceria com o Comitê Rio2016 e instituições de caridade alemãs.
O evento acontecerá das 9h30 às 16h, no Museu do Amanhã. O objetivo é estudar uma forma de fazer com que os mais excluídos do processo de construção dos Jogos Olímpicos estejam no centro das questões.
“Falamos muito de um legado infraestrutural dos Jogos para a cidade, mas nesse congresso o homem é que estará no centro das decisões. Vai ser um momento especial porque ali falaremos da paz e também do esporte como promotor de um legado mais humano”, afirmou o coordenador do comitê organizador da campanha “100 dias de Paz”, padre Leandro Lenin.
Na abertura do congresso, estarão presentes o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, o presidente da Rio2016, Carlos Nuzman, um dos embaixadores do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mário Pescanti, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o prefeito Eduardo Paes.
Segundo padre Leandro Lenin, os representantes da arquidiocese, da Olimpíada Rio 2016, das instituições alemãs, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), do poder público, da iniciativa privada e de movimentos sociais, todos convidados a participar, terão como proposta trabalhar cinco valores essenciais para Jogos mais humanos.
Cinco valores essenciais
Paz, segurança, sustentabilidade, performance e esperança. Estes serão os cinco valores que nortearão os debates na conferência. Segundo padre Leandro, são pontos essenciais para a construção de grandes eventos com um diferencial, e ajudarão a construir um legado humano das Olimpíadas na cidade.
“Bons exemplos de questões a serem debatidas são as remoções para a construção de aparelhagem olímpica ou a melhoria do nosso saneamento básico para a prática esportiva. São desafios com os quais fomos confrontados, e não podem ser esquecidos”, explicou o sacerdote, que será uma das pessoas a conduzir a tocha olímpica no Rio de Janeiro em agosto.
Carta de intenções
O resultado dos debates do evento será uma carta de intenções com diretrizes a serem seguidas pelos órgãos participantes. Todos os convidados receberão uma espécie de resumo desse conteúdo, dos cinco valores com o que pode ser colocado em prática para fazer com que o objetivo seja alcançado.
“Em nossos trabalhos, estaremos vislumbrando o desenvolvimento de acordo com a realidade mais concreta que cada uma dessas expressões tem e como esses pontos se desenvolvem. No final, todos assinam a carta. É uma carta de intenções a ser enviada aos arquivos e para o COI”, afirmou padre Leandro. “A partir de 2020, começa uma nova agenda na forma de realizar os Jogos Olímpicos, já contando com essas diretrizes. Mas também, sem sombra de dúvida, devemos fazer chegar essa carta ao poder público brasileiro, em nível federal, inclusive”, acrescentou.
Para o sacerdote, o Museu do Amanhã, onde o evento acontecerá, tem a tecnologia e o desenvolvimento como características dos trabalhos que expõe. E o tema do congresso foi aceito pela curadoria do lugar porque o esporte e o homem são partes integrantes da construção de um mundo melhor.
“O esporte e as Olimpíadas com certeza vão impactar o amanhã da nossa cidade. Portanto não podemos descansar porque o legado tem que ser conquistado”, assegurou.
Por Canção Nova, com Arquidiocese do Rio