Início do processo: 6-12-1926
Venerável: 12 – 07 -1982
Teresa Valsé Pantellini nasce em Milão no dia 10 de outubro de 1878 de uma rica família. O pai José Valsé, grande cristão e grande trabalhador, é dono de diversos hotéis no Egito, aonde Teresa passa os primeiros anos de sua vida. O pai educa a filha a amar os pobres e a sempre ajudá-los. Transferem-se primeiramente para Milão, depois para Florença. Aos 12 anos morre-lhe o pai. Teresa amadurece um mais profundo espírito de oração.
Recebe uma acurada instrução literária e artística, e cultiva as virtudes humanas sob a guia doce mas exigente da mãe. Percebe no dia da primeira comunhão o chamado ao estado religioso e oferece-se ao Senhor com profunda alegria.
A mãe transfere a família para Roma a fim de favorecer os estudos universitários do irmão Ítalo. Teresa entra no colégio das Damas do Sagrado Coração e empenha-se nas Conferências de São Vicente. Luxo, riqueza e divertimentos não lhe faltam, mas vive um constante espírito de alegre mortificação escondida. Seu diretor espiritual é o servo de Deus Mons. Radini Tedeschi, futuro bispo de Bergamo, que escolherá o P. Ângelo Roncalli como secretário. Encorajada pelo seu guia espiritual, Teresa decide bater às portas do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora em Roma, “para entregar-se ao Senhor irrevogavelmente – como diz ela mesma – para a educação das pobres meninas do povo”.
Faz a profissão religiosa em 1903, depois de um válido tirocínio como educadora entre as oratorianas do Trastevere. As irmãs do seu tempo recordam-na assim: “Ir. Teresa sabia tomar as transtiberinas pelo lado delas: de fato, era hábil em manter a disciplina, passando por mil formas de falta de civilidade e por várias grosserias”. Uma das meninas, por uma negativa recebida, cuspiu-lhe no rosto. E ela suportou o gesto com a admirável edificação de todos os presentes.
Teresa é cortês e delicada com todos, dispõe-se sempre a fazer os trabalhos mais humildes e pesados. Conduz a lavanderia e as oficinas das meninas pobres com alegria e espírito de sacrifício. É como queria Dom Bosco: extraordinária no ordinário. Nem os sintomas sempre mais insistentes de um mal que a consumava, a tuberculose, detiveram o seu caminho de santidade. Sente que chegou o momento de amar o sofrimento – não só aceitá-lo –, como dom que a une ao Crucifixo: “Aquilo que queres, ó Jesus, também eu o quero, e o quero enquanto tu o quiseres”.
A alegria e a simplicidade de Mornese, o sacrifício silencioso, a sua contínua união com Deus e o amor filial a Nossa Senhora foram pontos sólidos do seu projeto de vida. Em 3 de setembro de 1907, Ir. Teresa encontra-se com aquele Jesus que tinha escolhido irrevogavelmente. Está sepultada em Nizza Monferrato.
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